Mais de 4 mil produtores rurais estão reunidos nesta manhã de quarta(10) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães a convite da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), que tem a participação do presidente Jair Bolsonaro acompanhado pelos ministros da área econômica
Um documento elaborado pela direção da CNA apontando para todas às possíveis direções que o agronegócio deve tomar recebeu a denominação de “o agro que queremos para o futuro” construído pela CNA e entidades ligadas as atividades no campo de norte a sul do País.
Trajados de verde e amarelo, militantes, apoiadores e representantes do setor rural reforçam o apoio da CNA (Confederação da Agricultura e da Agropecuária do Brasil), organizadora do evento, à tentativa de reeleição do chefe do Executivo federal.
Em seu discurso, nesta manhã a ex-ministra da Agricultura e candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP-MS), referiu-se ao agronegócio e aos representes do setor presentes no evento como “exército verde e amarelo”.
“Esse setor não ficou em casa [durante a pandemia da covid-19]. Esse setor trabalhou, produziu, gerou renda e emprego.”
Logo no cerimonial de abertura, o presidente da entidade, João Martins da Silva Júnior, referiu-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rival de Bolsonaro, como “corrupto” e “ladrão”.
‘Os senhores sinalizaram bem claro que não tem mais espaço neste país para uma equipe corrupta e incompetente. E muito menos o retorno de candidato que foi processado e preso como ladrão’, afirmou João Martins, sendo aplaudido por uma plateia, em Brasília.
Em seguida, foram lidos pontos de uma carta elaborada pela CNA com questões relevantes para o país no próximo mandato presidencial, segundo avaliação da Confederação. Entre as pautas estão bandeiras e motes de campanha de Bolsonaro, tais como a independência da produção de fertilizantes (insumos importados essencialmente do leste europeu, região afetada pela guerra da Ucrânia) e agendas pertinentes à liberdade econômica.
A CNA defendeu abertamente a aprovação de projeto de lei que sugere tipificar invasões de terra como atos terroristas e se manifestou contrária a novas demarcações de terras indígenas. Foram feitos vários elogios a Bolsonaro, especial na exaltação da política de concessão de títulos de domínio para assentados (bandeira de campanha do presidente), como aconteceu recentemente no Assentamento Bela Vista em Araraquara.
Além de Bolsonaro, compareceram ao Encontro Nacional do Agro o vice na chapa do PL, o ex-ministro da Defesa e general de Exército Walter de Souza Braga Netto; a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina; o deputado e líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP); entre outros.
SINDICATO RURAL PARTICIPA DO ENCONTRO
O encontro tem também a participação de representantes do Sindicato Rural de Araraquara, que foram especialmente convidados pela Confederação Nacional da Agricultura: Nicolau de Souza Freitas (presidente), João Henrique de Souza Freitas (vice-presidente e coordenador regional do Senar SP), Marcelo Xavier Benedette (diretor financeiro), Fernanda Bueno (advogada) e os produtores Reginaldo Benedette, Daniel Valin e Luís Henrique Govoni.
O presidente do Sindicato Rural de Araraquara, Nicolau de Souza Freitas, disse ao RCIA que “a presença da comitiva tem o objetivo de reforçar as reivindicações da categoria”. Segundo ele, é preciso que o governo entenda a real situação do homem do campo e neste caso vozes vindas de todos os pontos do país sejam ouvidas, comentou.
Para ele, nesta manhã foi dada uma demonstração de força do produtor rural: “E aqui estamos em nome daqueles produtores que atuam na região de Araraquara e dos municípios que integram a base territorial do nosso sindicato, completou.
