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Em pesquisa da Big Data para a Record, Lapena encosta em Eliana Honain e pode disparar

O sociólogo e jornalista José Maria Viana escreve sua discutida coluna nos fins de semana. Nesta edição ele discorre sobre as eleições e diz que Eliana Honain - ainda está na frente, no limite da margem de erro – com 34% das intenções de voto. Em sua cola, o pré-candidato Dr. Lapena (PL), apontaria 26% dos sufrágios. Já existe um empate técnico na parada e Lapena nem começou a campanha.

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Eliana Honain lidera no voto espontâneo mas perde para Lapena na pesquisa estimulada; rejeição da petista é maior que do candidato da direita

ELIANA AINDA LIDERA
Saiu a segunda rodada da pesquisa Real Time Big Data para a RecordTV, realizada de 13 a 15 de julho – 41 dias depois da primeira realizada entre 1 e 3 de junho – e traz a pré-candidata do PT, Eliana Honain – ainda na frente, no limite da margem de erro – com 34% das intenções de voto. Em sua cola, o pré-candidato Dr. Lapena (PL), apontaria 26% dos sufrágios. Em terceiro lugar e distante do segundo, o pré-candidato Pedro Tedde (Novo), teria 7% das preferências…

LAPENA CRESCE 7%
Continuando a pesquisa Big Data, o pré-candidato Marcos Garrido (PSD) apresentaria o mesmo desempenho de Tedde, atingindo também, 7% dos votos. Brancos e Nulos somariam 12% e 14% se manteriam indecisos. Veja que sem Edna Martins (PSDB), Dr. Lapena cresce em um mês, 7% e encosta em Eliana que da pesquisa anterior para esta, cresceu apenas 3%. Sinal de que os votos de Edna Martins (14%), pelo menos a metade foram para Lapena (7% deles).

TEDDE NÃO CRESCE
Marcos Garrido abocanha 2% dos votos de Edna e 1% vão para Brancos e Nulos e outros 1% para Indecisos. Veja que da pesquisa anterior para esta, apenas Pedro Tedde, em plena pré-campanha, não cresceu, entre os candidatos apresentados. Lembre-se que na pesquisa de junho, Eliana aparecia com 31%; Dr. Lapena apontava 19% dos sufrágios, Edna Martins, 14%, Pedro Tedde, 7% e Marcos Garrido, 5%. Os Branco e Nulos somavam 11% e Indecisos, 13%.

65% APROVAM EDINHO
As notícias que chegaram até nós da Pesquisa Real Time Big Data, dão conta apenas que no levantamento espontâneo, Eliana e Lapena estariam empatados. Na anterior, Eliana apontava 5% e Lapena 3%. Traz ainda que 65% dos entrevistados aprovam o Governo de Edinho Silva (PT), o que eu acho um pouco exagerado e 56% aprovam o Governo de Tarcísio de Freitas (Rep). O Big Data ouviu mil pessoas – número bastante expressivo – com margem de erro de 3% e intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE: SP-03369/2024.

SOBRE PEDRO TEDDE
Quando escrevi que Pedro Tedde não cresceu em plena pré-campanha, acrescento aqui que tenho acompanhado a desenvoltura do pré-candidato na cidade. Por onde ando, ele já tem passado se apresentando e pedindo votos: em feiras e especialmente em restaurantes. Em duas feiras havia passado e em três restaurantes também. A gerente de um deles me disse que iria votar em Tedde. Aqui, só tem uma candidata na esquerda os outros quatro são da direita.

PESQUISA EM SÃO PAULO
A Quaest divulga pesquisa em São Paulo apontando que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) passa Guilherme Boulos (PSOL) em situação de empate na corrida pela Prefeitura da Capital. Nunes marca 22% e Boulos, 21%. José Luiz Datena (PSDB) – eterno candidato antes da eleição – teria 17% e Pablo Marçal (PRTB), 10%. Tábata Amaral (PSB) desponta com 6%; Maria Helena (Novo), 4% e Kim Kataguiri (UB), 3%; João Pimenta (PCO) e Ricardo Sanese (UP), 1% cada um.

NUNES VENCERIA 2º TURNO
Em outro cenário, sem Datena e Marçal, Ricardo Nunes aponta 28% e Guilherme Boulos, 24%, no empate. Em outro, sem Datena, Marçal e Tábata, Nunes teria 30% e Boulos 25%. Num segundo turno entre os dois – cenário mais provável – Ricardo Nunes venceria a eleição com 46% e Guilherme Boulos teria 34% dos votos. É o quadro da Capital. Pesquisa realizada entre 22 e 25 de junho com 1.002 entrevistados com margem de erro de 3% para mais ou para menos e intervalo de segurança de 95%. Registrada no TSE sob o número: SP-08653/2024.

NOVO ENSINO MÉDIO
Finalmente com algumas modificações, após intenso debate entre especialistas e Congresso, a Câmara dos Deputados aprovou o texto final do projeto de lei que institui mudanças no Ensino Médio. Com isso se modifica a polêmica conhecida como Novo Ensino Médio, adotado em 2017, via Decreto do presidente Michel Temer, que buscava enfrentar problemas históricos da etapa escolar como a carga horária ineficiente e a falta de flexibilidade no currículo.

GRANDES DIFICULDADES
A proposta Temer enfrentou grandes dificuldades de implementação – e aqui já havíamos discutido no ano passado – como falta de infraestrutura nas escolas para oferecer diversos itinerários formativos (laboratórios, bibliotecas etc.) e, especialmente, a falta de professores qualificados para atender a nova demanda. No início do Lula 3, a discussão foi retomada após forte pressão pela revogação da reforma, mas o governo optou por reestruturá-la. Era boa!

ENSINO QUE FAZ SENTIDO
Após discussões e consultas públicas, alguns princípios da reforma original foram mantidos, como a ampliação da carga horária, flexibilização curricular e articulação do ensino regular com a educação profissional. A lei agora dá mais tempo às disciplinas da formação geral básica e delimita melhor a parte flexível do currículo, o que deve facilitar a implementação. Nem tudo saiu a contento, mas é possível, a partir dela, oferecer um ensino médio que faça mais sentido para o jovem de hoje! Parabéns a todos. Agora vai para a sensação presidencial. Menos mal!

ACUSAÇÃO SOBRE JOIAS
Militares próximos ou que atuaram como assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), reforçaram acusações feitas pela Polícia Federal no inquérito das joias, segundo depoimentos prestados à PF. Todos foram citados por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os militares confirmaram a venda e a tentativa de venda de bens de luxo, dados de presente a Bolsonaro como chefe de Estado no Exterior e também a operação para recuperar os itens.

UMA MALA DE JOIAS
O tenente-coronel, Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, detalhou os dados. Disse por exemplo, que em dezembro de 2022, o ex-presidente lhe entregou uma mala contendo esculturas e joias, solicitando que os itens fossem vendidos. Isso colaborou para que a PF concluísse que Bolsonaro tinha conhecimento do esquema. Ele foi indiciado por associação criminosa (1 a 3 anos de prisão), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos) e peculato: apropriação de bem público (2 a 12 anos). O cara é cheio de mumunha barata e diz por aí que é perseguido, pode?

GAMBIARRA NA EDUCAÇÃO
Mudanças demográficas na sociedade, Orçamento público engessado e regras obsoletas do funcionalismo, estão por trás da queda na contratação de professores efetivos para a rede pública de ensino e do aumento do número de temporários. Segundo a ONG Todos pela Educação, de 2013 a 2023, a parcela de docentes temporários nas redes estaduais se tornou majoritária, passando de 31.1% para 51.6%. Nas redes municipais, ainda são minoria: 34%, mas o número aumentou em 47% a partir de 2020. Isso não pode continuar, assim não dá!