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Em prestação de contas, Saúde fala sobre Santa Casa, dengue e transporte de pacientes

Secretária Eliana Honain apresentou números do terceiro quadrimestre de 2022 e respondeu a questionamentos dos vereadores de Araraquara

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O vereador Edson Hell presidiu a audiência na Câmara

Na tarde da segunda-feira (27), abrindo as audiências de prestação de contas do terceiro quadrimestre do ano passado, os números da Secretaria Municipal da Saúde foram apresentados pela chefe da pasta, Eliana Honain. A Mesa foi comandada pelo vereador Edson Hel (Cidadania), acompanhado do vereador João Clemente (PSDB).

AJUDA À SANTA CASA 

Um dos principais questionamentos envolveu a Santa Casa. A secretária explicou que a entidade vive um momento difícil “como sempre”. “Eles apresentam um déficit mensal em torno de R$ 2,5 milhões e não dá para trazer tudo para dentro da Prefeitura. Temos feito um processo de buscar recursos para eles, mas que é insuficiente. Vieram R$ 12 milhões, então sobreviveram bem até este mês. A partir de agora é a Prefeitura que está colocando as coisas lá, precisamos ver o que vai ser feito. Nesse momento, suspenderam as cirurgias eletivas, por conta da dificuldade de insumos, a renegociação, mas tem algo extremamente importante que é uma força política para tentar dar uma alternativa.”

Para Eliana, “hoje o que sufoca a Santa Casa é o que ela paga de empréstimos, cerca de R$ 1 milhão mensal. A Prefeitura dando mais R$ 1 milhão por mês, que é a proposta, ela já consegue se equilibrar. Está uma situação bastante complexa.”

No período relatado, foram feitas 1.527 cirurgias, sendo 559 eletivas e 968 de urgência, totalizando R$ 4.104.216,60.

TRANSPORTE E SAMU 

Questionada sobre o transporte de pacientes, a secretária informou que houve um aumento de 20% da demanda – foram 8.889 pacientes e acompanhantes transportados para atendimentos dentro do município e 5.929 fora. “Colocamos mais cinco viaturas, sendo duas para o Samu”, detalhou. Segundo ela, as razões seriam a dificuldade financeira das pessoas e o envelhecimento da população, aumentando a necessidade de transporte. “O serviço de hemodiálise também cresce muito, o paciente vai três vezes por semana e não tem o transporte para ir.”

Ela também falou sobre o desgaste das viaturas. “Elas rodam até 700 quilômetros por dia.” Segundo números da Ouvidoria da Saúde, foram 134 reclamações sobre transporte de pacientes nos últimos quatro meses do ano passado, ficando atrás apenas das reclamações sobre exames e consultas (379).

DENGUE 

Sobre os casos de dengue, Eliana destacou que o surto de dengue é cíclico. “Dificilmente você tem duas epidemias seguidas. Além disso, algumas ações têm sido feitas, principalmente com as armadilhas. São 907 espalhadas pela cidade, que capturam o mosquito e analisam se ele está com o vírus. E também foi autorizada a contratação de mais 15 agentes de controle de endemias.”

No terceiro quadrimestre do ano passado, foram 1.072 casos notificados/investigados e 204 confirmados (19,03%). Em relação à visita em imóveis, foram feitas 4.464 pelos agentes de controle de vetores e 544 por agentes comunitários de saúde. Quase 325 toneladas de materiais inservíveis foram retirados.

VACINAÇÃO DA COVID 

No período, foram aplicadas 27.346 doses, sendo 9.696 só em novembro. Além disso, foram registrados 8.414 novos casos – 5.506 em dezembro. Em 23 de fevereiro deste ano, Araraquara registrava 92,3% da população com esquema vacinal completo e 96,7% com o esquema iniciado.

Também estiveram presentes o presidente da Casa de Leis, vereador Paulo Landim (PT), o primeiro secretário da Mesa Diretora, vereador Hugo Adorno (Republicanos), e a vereadora Fabi Virgílio (PT).