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Empresário suspeito do assassinato de Chiquinho Campaner será ouvido na segunda

Embora se fale na continuidade das investigações é verdade que aos poucos Ribeirão Bonito vai retornando a normalidade após o assassinato e o esclarecimento do crime, num brilhante trabalho da Polícia Civil.

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Manoel Bento Santana da Cruz e Cícero Alves Peixoto, suspeitos no assassinato do prefeito Chiquinho

O empresário Manoel Bento Santana da Cruz, suspeito de estar envolvido no assassinato do prefeito de Ribeirão Bonito, Chiquinho Campaner, vai prestar depoimento nesta segunda-feira (6) às autoridades policiais de São Carlos e Ribeirão Bonito. Manoel acabou se entregando à polícia na noite desta sexta-feira em Limeira e foi trazido para São Carlos sendo encaminhado ao Centro de Triagem.

Já o vigilante Cícero Alves Peixoto, também suspeito do crime foi preso um dia antes em São Paulo por investigadores da Delegacia Seccional de São Carlos que para lá se dirigiram.

Durante a entrevista coletiva concedida pela Polícia Civil sobre a prisão do vigilante foi dito que a razão do crime foi o cancelamento de um contrato de transporte escolar e a falta de pagamento de serviços prestados à prefeitura, o que gerou desavenças entre o empresário Manoel Bento e o prefeito Chiquinho Campaner. A polícia explicou que aconteceu uma troca de quem promovia o transporte escolar, com uma nova licitação, após encerramento do contrato. O trabalho era feito por Manoel, dando-se a concessão para outra empresa: “Ele (Manoel) ficou muito nervoso, sofreu sérios prejuízos, além de estar devendo, perdeu a concessão, então teve uma queda em seus rendimentos financeiros. Isso o deixou muito irritado e chegou a esse ato”, disse o delegado Geraldo Souza Filho.

O empresário já tinha um mandado de prisão temporária por 30 dias emitido após a confissão do vigilante Cícero Alves Peixoto em depoimento que durou pelo menos três horas. O delegado também afirmou na coletiva que “a prisão foi tranquila, sabíamos que ele estava envolvido. Ele se manifestou, foi ouvido com a advogada e contou exatamente como o crime ocorreu. Esteve em Ribeirão e fez um reconhecimento do terreno para poder agir. Ele veio até aqui para realizar o que foi feito”, disse a autoridade. “Só não comentou o quanto recebeu para participar do crime”, completou.

Para a advogada Fabiana Carlino Luchesi, Cícero era apenas amigo do empresário suspeito, tinha conhecimento de que o prefeito seria assassinado quando veio para Ribeirão Bonito e não recebeu nenhum valor para participar do crime. “Ele é co-autor do crime, mas não cometeu nenhum ato de execução”.