Tendo saído do Orçamento Participativo (OP) no primeiro ano do Governo Edinho em 2017, a construção de um prédio para abrigar o Núcleo de Gestão Ambulatorial (NGA3), hoje localizado na Avenida José Bonifácio esquina com a Rua Padre Duarte, se transformou em uma obra onerosa – e até aqui sem aproveitamento, apesar de estar praticamente concluída e abandonada.
O NGA3, em instalações antigas e insalubres, funciona como um ambulatório de especialidades médicas, ocupando um prédio em péssimas condições estruturais, além de conviver com o desgaste e a falta de manutenção que deveria ter sido dada por outros prefeitos.
Destinado ao atendimento mensal de milhares de pessoas face sua estrutura crítica, foi definida em reunião do Orçamento Participativo que um novo prédio seria construído, mais moderno e mais acessível para trabalhadores e população. Contudo, passados 7 anos o prédio no bairro do Quitandinha, na Avenida Alfredo Coelho de Oliveira, esquina com a Rua Hélio Morgante, ainda não foi inaugurado, estando praticamente pronto, porém, abandonado.
Esta semana, sobre a precariedade do prédio do NGA no centro da cidade, um dirigente da Saúde se exaltou: “O próprio município alega ser a maior e mais cara obra da saúde com mais de R$ 5 milhões investidos, porém até o momento nada acontece, frustrando a população e os servidores vendo tanto dinheiro público parado e sem funcionamento”.
Questionada pelo RCIA, a Prefeitura Municipal explicou “o projeto foi executado, restando a instalação do sistema de refrigeração, que demandou um processo licitatório para contratação de empresa especializada. No entanto, a empresa vencedora da licitação não assinou o contrato, motivo pelo qual foi notificada e sofreu as sanções previstas em lei, incluindo multa”.
Sobre a segunda colocada no processo, a Prefeitura esclareceu que ela foi chamada, mas também se manifestou negativamente quanto a assumir a obra. Por isso, a licitação teve que ser cancelada.
Sendo assim, nesse momento, a Secretaria Municipal de Saúde está preparando a abertura de novo processo licitatório para finalizar a instalação do sistema de refrigeração e entregar a nova sede do NGA 3 e Consultório Trans que acabou agregado ao projeto.
O município não deu prazo para conclusão, mas como está sendo feita a transição de governo é bem provável a impossibilidade de, em 45 dias, estar concluído o processo de licitação e instalação do sistema de refrigeração, pois também vai depender da fiscalização e liberação do Álvaro por parte do Corpo de Bombeiros.
O problema deve ser transferido para a próxima administração.