Thales Ferri Schoedl, ex-promotor de Justiça, foi condenado a 9 anos de prisão em regime fechado por matar um jovem jogador de basquete e ferir outro em Bertioga (SP) há 20 anos.
O crime ocorreu em 30 de dezembro de 2004 no fim de um luau na Praia da Riviera de São Lourenço, quando Schoedl atirou contra dois jovens de 20 anos. Felipe Cunha de Souza sobreviveu, mas Diego Mendes Mondanez, jogador do time do América de Rio Preto, morreu após ser socorrido. Ele era natural de São Carlos e sua morte comoveu a região.
Schoedl alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que estava sendo perseguido e cercado por um grupo de jovens após sua namorada ter sofrido importunação sexual. No entanto, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri condenou o ex-promotor a 6 anos de reclusão pelo homicídio de Diego e 3 anos pela tentativa de homicídio contra Felipe. Thales permanecerá em liberdade enquanto os advogados recorrem da decisão.
O caso teve diversos desdobramentos ao longo dos últimos 20 anos. Inicialmente, Schoedl havia sido absolvido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 2008, mas a decisão foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal, que entendeu que ele não tinha mais prerrogativa de foro especial por ter sido demitido do Ministério Público.
Após diversas idas e vindas no processo, o julgamento foi finalmente realizado nesta segunda-feira (3) no Fórum Criminal de Bertioga. A defesa de Schoedl informou que irá recorrer da decisão. (Rubens Celso/Dhoje)
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Ex-promotor é condenado por matar jogador de basquete de São Carlos em praia, mas ganha liberdade
Tribunal do Júri condenou Thales Ferri Schoedl pelo homicídio de Diego Mendes Modanez, jogador de basquetebol natural de São Carlos e tentativa de homicídio de outro jovem. Ex-promotor foi condenado a 9 anos de prisão, mas pode recorrer em liberdade.