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Faltou representatividade em “Audiência Pública sobre Pulverização Aérea de Agrotóxico” em São Carlos

O setor produtivo não foi chamado para o debate sobre o uso de defensivos agrícolas

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Apenas Guilherme representou o setor produtivo na audiência

Na tarde da última quinta-feira (01) a Câmara Municipal de São Carlos/SP, realizou uma Audiência Pública sobre “Pulverização Aérea de Agrotóxico”, mas faltou representividade.

Alguns convidados como professores, agrônomos relataram que existem pulverizações realizadas sobre residências rurais e que isso causa danos à saúde das pessoas. Na maioria das falas a falta de fiscalização foi o tema mais apreciado.

Vale ressaltar que a pulverização aérea é uma forma de aplicação de defensivos para o controle rápido e assertivo de pragas e doenças nas lavouras.

Guilherme Lui de Paula Bueno, agronomo e especialista em Meio Ambiente

Representando o setor sucroenergético, Canasol – Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara e a Feplana – Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, o agrônomo e especialista em Meio Ambiente, Guilherme Lui de Paula Bueno, pontuou que faltou chamar o setor produtivo para este debate.

“Proibir a pulverização aérea por falta de fiscalização é como matar um pernilongo com um tiro de 12”, destacou Guilherme.

O agrônomo ressaltou que não só defensivos químicos são aplicados, o controle biológico e os bioinsumos são utilizados na pulverização aérea. “A partir do momento que se proíbe a utilização deste tipo de pulverização, se inviabiliza também a questão dos biológicos inviabilizando todo um setor com queda inclusive no ICMS da região”.

Finalizou dizendo que o debate precisa ser amplo, para que se possa chegar a um denominador comum e, que se o dossiê montado para esta audiência for de responsabilidade do setor só o diálogo poderá corrigi-lo e não uma proibição.

FEPLANA

Paulo Leal, presidente da FEPLANA

Para Paulo Leal, presidente da Feplana é de suma importância a participação de Guilherme nesse tipo de debate, pois ele faz parte do Instituto Pensar Agro e suas colocações são sempre muito claras, no sentido de fazer que legisladores entendam as regras as quais são submetidas as pulverizações de defensivos agrícolas.

Afirma também que defende a legalidade e que antes de ser expedida uma licença de um defensivo agrícola através do Ministério da Agricultura, é realizada uma imensidão de pesquisas para que se verifique se ele causa algum dano ou não. “Mesmo assim não é dada a ele uma liberdade de uso, é restrito dentro de cada condição. Não queremos convencer ninguém, mas fazê-los entender que existem técnicas e uma legislação rigorosa que seguimos”, finalizou o Presidente.

CANASOL

Luís Henrique Scabello de Oliveira, presidente da Canasol

Para Luís Henrique Scabello de Oliveira – Presidente da Canasol, o tema tem sido tratado com polêmica e, muitas vezes, com obscurantismo, visando conquistar a opinião pública com uma narrativa nem sempre verdadeira. “A legislação brasileira é extremamente rigorosa quanto ao registro e utilização dos defensivos. É duvidosa a informação de que usamos defensivos prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente, quando corretamente utilizados. O Brasil não permite o uso de defensivos que sejam proibidos pela OMS. Quanto à aviação aérea, nem sempre são aplicados agroquímicos e nem sempre esses produtos oferecem risco. Por outro lado, essa atividade é regulamentada e fiscalizada pelos órgãos competentes, porém o setor nunca se furtou ao diálogo para que essa atividade possa ser empregada cada vez mais com segurança”, destacou o presidente da entidade.