Quase 28 meses após ter encaminhado um abaixo-assinado à Promotoria Pública do Município de Araraquara, sem, contudo, resolver a dramática situação que vivem os moradores próximos à Praça do Carmo seguem sendo penalizados pelo incomodo causado por drogados e alcóolatras rotulados como – moradores de rua.
O RCIA teve acesso ao documento, um abaixo assinado em que consta o apelo de moradores, comerciantes, frequentadores e devotos das celebrações realizadas na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em que eles pedem “a retirada e o encaminhamento aos órgãos competentes das pessoas entendidas como sem teto que estão acampadas e morando em volta da igreja, em condições precárias e sub-humanas.
Mais adiante no documento, os assinantes sugerem que – os moradores de rua sejam retirados local e tenham a oportunidade de uma vida mais digna com tratamento médico e psicológico, encaminhamento a moradia fixa e emprego.
“Hoje (um ano atrás) a presença dessas pessoas tem causado transtornos aos moradores, transeuntes, frequentadores das celebrações na Paróquia, nos pontos comerciais (restaurantes), carrinhos de lanche, abordando até mesmo quem está aguardando, no ponto, o coletivo”, afirmam os moradores que decidiram de comum acordo nomear Marcelo Ravelli como representante do bairro para as tratativas com as autoridades.
Eles – os moradores – também afirmam que os desocupados proferem palavras de baixo calão, embriagados ou não, pondo em risco a segurança deles mesmos, frequentadores da praça. “Muitas vezes são inconvenientes, mal-educados, deixando o local que habitam com sujeiras e mau cheiro, pois defecam e urinam no entorno da igreja”, contam os denunciantes.
O documento que foi entregue ao Ministério Público ressalta ainda que os desocupados invadem algumas celebrações, na maioria das vezes embriagados, falando alto, caindo nas escadarias e, com isso, gerando desconforto e apreensão aos fiéis, principalmente os mais idosos que se sentem inseguros, mesmo estando dentro da igreja.
Nesta quinta-feira (04) uma blitz foi realizada no local que virou moradia para os desocupados já com direito a colchões, sofás, poltronas e tendas, proporcionando um aspecto degradante para os órgãos que se mantém omissos e negligentes com os moradores e comerciantes do bairro.
Mas, como vai começar neste dia 10 de julho a Festa do Carmo, os moradores entendem que a Prefeitura Municipal busca agora fazer uma limpeza no local retirando provisoriamente os desocupados daquela área, mas não com a garantia, contudo de que – o lugar permanecerá sem a frequência da vadiagem, após o encerramento das festividades no dia 14 de julho.
