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Governo libera R$ 143 milhões para evitar nova tragédia, agora na Via Expressa

Convênio a fundo perdido garantirá a solução para os próximos 100 anos de um problema histórico de alagamentos na Via Expressa; para Edinho essa será a maior obra de infraestrutura da história da cidade  

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Momento da assinatura em contrato que libera R$ 143 milhões para Araraquara

O prefeito Edinho assinou nesta quarta-feira (30), em Brasília, convênio com a Caixa Econômica Federal para a liberação dos R$ 143 milhões do governo federal que garantirão a recuperação dos canais fechados e abertos da Avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira, a Via Expressa, resolvendo um problema histórico de alagamentos em Araraquara para os próximos 100 anos. Será a maior obra de infraestrutura da história do município.

O convênio a Fundo Perdido do orçamento Geral da União, da ordem de R$ 143 milhões, foi autorizado pelo Ministério das Cidades, por meio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao município cabe uma contrapartida de apenas 1% do convênio.

“Quero agradecer muito o presidente Lula, pela sensibilidade que teve com a situação de Araraquara por conta das enchentes, na visita que nos fez no dia 8 de janeiro. Vendo a situação em que a cidade estava, se comprometeu com uma obra que, para a população de Araraquara, é a mais importante de infraestrutura da nossa história. Preciso agradecer ao Ministro Jader [Barbalho Filho, das Cidades] e ao Ministro Waldez [Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional], que também estiveram em Araraquara e foram solidários ao nosso problema. Sabemos da situação orçamentária difícil herdada pelo governo do presidente Lula. Meus agradecimentos à Caixa, na figura da presidente Maria Rita, que também foi extremamente receptiva e sem isso, não estaríamos aqui hoje”, declarou o prefeito Edinho, mencionando ainda todos os parceiros presentes, destacando a parceria do Ministro Padilha que, segundo ele, sempre é muito sensível aos problemas dos municípios.

“É a maior obra de infraestrutura da nossa história. Estive agradecendo o presidente Lula pessoalmente; sem seu apoio, seria impossível Araraquara realizar essa obra com recursos próprios. É um convênio a fundo perdido; um repasse do governo federal sem ônus à Prefeitura. Minha gratidão a todas as lideranças e ao povo que acredita no nosso trabalho. O apoio da população é fundamental para que a gente trabalhe muito, fazendo com que nossa cidade cresça, se desenvolva e resolva seus problemas”, concluiu Edinho, na saída do Palácio do Planalto.

O PROJETO

O projeto com todos os estudos necessários para a recuperação dos canais da Via Ecpressa foi feito pelo engenheiro Pedro Ivo de Almeida Santos, um dos maiores especialistas de macrodrenagem do Brasil, por meio de parceria com a Cutrale SA, que contratou o profissional e doou o projeto para a Prefeitura de Araraquara.

Ele prevê, entre as obras de macrodrenagem do canal do Ribeirão do Ouro, a reconstrução do canal da Via Expressa, em toda a sua extensão que passa atrás do Terminal Rodoviário, até a avenida Domingos Zanin. Prevê ainda a construção de três novas pontes, na Rua Capitão José Sabino Sampaio, na saída da Cutrale; na Rua Walter Rodrigues Mourão, na ponte que vai para o residencial dos Oitis, e na Rua Imaculada Conceição. Ainda no canal do Ribeirão do Ouro, será realizado aprofundamento das fundações da ponte da Via Expressa em frente ao antigo Tropical Shopping, da ponte na Rua Miguel Cortez e da ponte da Avenida Domingos Zanin.

Uma quarta ponte também será construída na Via Expressa, sobre o Córrego no Capão do Paiva, com instalação de 2 linhas de aduelas. No local, que é ligação da Via Expressa com a Domingos Zanin, entrada da cidade pela Via Expressa, pouco antes do Terminal Rodoviário, o Capão do Paiva se encontra com o Ribeirão do Ouro. Trata-se de ponto de risco, de alagamento nos períodos de chuvas fortes, porque a tubulação é antiga e estreita, sendo necessário o aumento da vazão com instalação de duas linhas de aduelas.

E ainda será feita a ampliação da travessia sob a SP-310, na rodovia Washington Luís, com implantação de 3 linhas de aduelas, também por método não destrutivo. Ali o Córrego das Cruzes passa embaixo da WL.

O projeto também aponta a construção de quatro reservatórios de detenção de cheias ou lagos de retenção. Três delas no Ribeirão do Ouro, em áreas localizadas entre a Vila Renata e o Yolanda Ópice, no Parque São Paulo e a terceira numa área triangular localizada entre o Parque São Paulo, Abdo Najm e SP-310.

E o quarto e maior reservatório de detenção de cheias no Córrego da Servidão, de 120 metros de extensão, será construído em área da Rumo, na altura do antigo pátio de manobras, na Via Expressa. A construção deste lago de retenção vai marcar o início do projeto do Parque dos Trilhos que deverá ocupar aquela área.

Também constam no projeto obras de esgotamento sanitário no Ribeirão do Ouro, com remanejamento do emissário de esgoto bruto e remanejamento de dois sifões invertidos; obras de ampliação do canal do Córrego da Servidão na Via Expressa, e implantação de poços de inspeção ao longo do canal para criar mais pontos de acesso, assim como recuperação das lajes de fundo, paredes, revestimentos e patologias do canal do córrego da Servidão.