
Em mais um dia de greve e a porta da Prefeitura de Araraquara com grande movimentação de servidores públicos, a categoria decidiu manter a paralisação dos serviços nesta quinta-feira (22), pois ainda não houve diálogo entre as partes diretamente envolvidas no movimento. Para o Sismar, a Prefeitura ainda se mantém distante das tratativas para um acordo sobre o reajuste salarial.
Os servidores fizeram novamente concentração em frente ao Paço Municipal, desde às 08 horas. Atos como passeata e panfletagem foram realizados, como parte da campanha de esclarecimento.
O Sismar vem convocando seguidamente os servidores a aderirem à paralisação (com exceção da GCM, Trânsito, Urgência e Emergência e tratamento e distribuição de água). “A greve é em defesa de todos, já que tem como objetivo impedir o retrocesso que o projeto apresentado na Câmara Municipal pelo governo, representa neste momento à categoria”, explica a nota.
Segundo o Sismar, da maneira que está, o projeto reduz salários e o impacto é maior para os menores vencimentos. O corte do abono pecuniário dos salários é linear, um valor fixo, igual para todos os servidores. Já o reajuste que o governo apresentou é em percentual, ou seja, aumenta mais os salários maiores.
“Em outras palavras, todos vão perder o mesmo valor, mas quem ganha mais terá reajuste maior. Já para quem ganha os menores salários, o reajuste não cobre sequer a perda do abono”, explica a diretoria do sindicato.
Nesta manhã de quinta-feira, em informação dada à imprensa, uma vez mais o sindicato lembrou que os vereadores, incluindo todos que apoiam o governo, decidiram trancar a pauta do Legislativo em apoio às reivindicações dos servidores, até que o governo retire o projeto e sente para negociar com a categoria. “Com essa medida, nenhum projeto será votado”, finaliza.
Ao contrário do que a Prefeitura divulgou para a imprensa, o movimento grevista aumentou de terça para quarta, com mais unidades e mais servidores aderindo à paralisação.
O Sindicato e a categoria querem voltar à mesa de negociação para que, junto com o governo, seja possível chegar a uma proposta que não reduza os vencimentos de ninguém. “Para isso, é preciso que o governo esteja disposto a encontrar alternativas. E não precisam ser alternativas que vão sangrar as contas da Prefeitura. Mas também não pode ser uma proposta que ande para trás”, conclui o documento.