A Associação dos Guardas Civis Municipais de Araraquara (AGMARA) neste sábado (9) divulgou em nota, o seu posicionamento sobre a prisão efetuada de dois militantes políticos nesta quarta-feira (7) na região central da cidade, durante a madrugada.
Segundo consta, Tiago Pires, do Partido da Causa Operária (PCO) e Willian Rodrigo Stin, que é filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), faziam colagem de cartazes que apresentavam frases contra a ocupação de Gaza com os dizeres “NÃO À OCUPAÇÃO DE GAZA – ABAIXO O GENOCÍDIO ISRAELENSE CONTRA OS PALESTINOS.
Pires, foi candidato a prefeito em Araraquara nas últimas eleições tendo 113 votos, pela Causa Operária. Já Stin, 35 anos, seria filiado ao PT desde 2020 sendo detidos pelos guardas civis na Avenida Feijó com seis cartazes, um galão com cola e uma vassoura sem cabo utilizada para execução do serviço. Os políticos foram detidos e o material apreendido, sendo levados para o plantão policial.
Por não terem R$ 10 mil no momento para pagamento da fiança, sendo R$ 5 mil para cada um, houve o recolhimento de Pires e Stin ao presídio em Santa Ernestina, acusados de praticarem danos contra o patrimônio público qualificado. Eles foram libertados no decorrer do dia, após audiência de custódia.
Após críticas pela prisão dos militantes a Guarda Municipal foi criticada, principalmente por membros dos dois partidos e a resposta veio através da Associação dos Guardas Civis Municipais de Araraquara.
A NOTA
“A Associação dos Guardas Civis Municipais de Araraquara (AGMARA) vem a público prestar os seguintes esclarecimentos diante de alguns comentários por parte da mídia e de alguns vereadores a respeito da ocorrência policial envolvendo dois militantes políticos do município.
Na madrugada do dia 07/12/2023, o COI (Centro de Operações e Inteligência), através do videomonitoramento das imagens da região central de Araraquara, flagrou dois homens colando papéis nos totens semafóricos, caracterizando ali desrespeito ao Código de Posturas do município, Lei Complementar nº 18/1997, artigo 146. Isto posto, uma viatura da Guarda Civil Municipal (GCM) foi enviada ao local e, após a confirmação do fato e consultada a autoridade policial, o qual solicitou a apresentação dos envolvidos e do material encontrado com eles, os indivíduos foram conduzidos ao plantão policial.
Dessa forma, a GCM, órgão independente e autônomo às disputas políticas do município, cumpriu seu papel constitucional de preservação do patrimônio público ao apresentar à autoridade policial os infratores em flagrante delito, conforme Lei 13022/2014. Sendo assim qualquer ataque à instituição deve ser motivado e trazer provas da conduta ilegal de seus agentes.
Associação dos Guardas Civis Municipais de Araraquara (AGMARA)”
