
Caso seja provada a autoria de três assassinatos, o homem preso pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) na última sexta-feira (9) em São Carlos poderá ser classificado como um serial killer. Os três corpos foram encontrados no quintal de sua casa, no bairro Cidade Aracy. O último foi localizado ontem (11) e a vítima é Ariane Maia Valeria, de 26 anos, que estava desaparecida desde o dia 13 de fevereiro.
Segundo especialistas, há diferentes interpretações sobre os critérios e características de um serial killer. Nos Estados Unidos, por exemplo, o termo é usado para se referir a um indivíduo que assassinou duas ou mais pessoas. Por outro lado, alguns profissionais usam a nomenclatura a partir de quatro homicídios. De qualquer forma, independente do número de mortes, é necessário que os crimes tenham acontecido em períodos diferentes, com um intervalos de dias, semanas ou meses e tenham outras singularidades, como o modus operandi, ou seja, a forma de matar ou de se livrar do corpo dos assassinados.
Segundo declarações prestadas ao delegado João Fernando Baptista da DIG, o pintor de paredes A.A.R., de 42 anos, conhecido como “Baloo”, contou detalhes de como matou e como sepultou cada corpo. Ele usava força física e um enxadão para atacar as vítimas. Dentro da casa onde residia e que era conhecida como “casa da droga” a Polícia Científica encontrou marcas de sangue em vários locais.

Na tarde desta segunda-feira Baloo teria confessado os crimes depois que fotos das vítimas foram apresentadas a ele. O acusado também foi levado até a casa onde indicou o local que havia enterrado o corpo de Ariane, ao lado de uma bananeira. Ela teria sido a primeira a ser assassinada.
Luís Fernando Pereira Luna, de 24 anos, conhecido como “tato” foi o segundo a ser morto. Ele teria ido até a casa saber notícias de Ariane que estava desaparecida.
Três dias depois foi a vez da aposentada Rita de Oliveira da Silva, 45, ser morta e enterrada em uma cova escavada no quintal.
Segundo o delegado João Fernando Baptista, o acusado não relevou a motivação dos crimes até o momento.
Durante a presença da reportagem no local do encontro do corpo de Ariane, o SCA conversou com uma vizinha a qual relatou que Baloo frequentava constantemente uma igreja evangélica, adorava ler a bíblia, sempre falava coisas boas às pessoas e era tido como um homem bom. Ela disse ser difícil acreditar que ele seria um monstro capaz de cometer tais atrocidades.
Após prestar novas informações aos policiais da DIG, o acusado retornou ao Centro de Triagem. Ele está preso temporiamente por 30 dias, mas deve ter a prisão convertida em preventiva. (Informações SCA)