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Homens também podem ter câncer de mama, alerta mastologista

Especialista esclarece mitos e verdades sobre a doença e reforça a importância do diagnóstico precoce

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O ginecologista e mastologista Dr. Welington Lombardi

Embora o câncer de mama seja muito mais frequente entre as mulheres, os homens também podem desenvolver a doença. A estimativa é que, para cada 135 mulheres diagnosticadas, um homem seja acometido.

Segundo o ginecologista e mastologista Dr. Welington Lombardi, é importante que os homens fiquem atentos a qualquer alteração nas mamas, como nódulos, vermelhidão, desvio do mamilo ou mudança na pele. “Esses sinais não devem ser ignorados. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso no tratamento”, explica.

O médico também esclarece que o histórico familiar não é o único fator de risco. “O câncer de mama hereditário representa apenas de 5% a 10% dos casos. A maioria ocorre por mutações ocasionais nas células, que acontecem naturalmente ao longo da vida. Por isso, mesmo quem não tem histórico familiar deve manter os exames em dia”, afirma.

Outro ponto que gera dúvidas é o desconforto da mamografia. O especialista reconhece que o exame pode causar incômodo, especialmente em mulheres com mamas mais densas, devido à compressão necessária. “Apesar do desconforto, é um procedimento rápido e seguro, considerado o padrão ouro na detecção precoce do câncer de mama”, destaca.

Ele lembra ainda que o autoexame é importante, mas não substitui a mamografia. “O autoexame ajuda a mulher a conhecer o próprio corpo e perceber alterações, mas apenas a mamografia é capaz de identificar lesões muito pequenas, ainda não palpáveis.”

O mastologista reforça que a informação e a prevenção são as melhores formas de cuidado. “Quanto mais cedo o câncer de mama for identificado, maiores são as chances de cura. Estar atento aos sinais do corpo e realizar exames regulares é fundamental.”