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Imóveis desocupados também estão na mira das equipes de combate à dengue

Caso o proprietário não atenda as orientações, está sujeito às penalidades previstas em lei

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A longe espera no portão para o atendimento ao pessoal da Vigilância

A equipe de Controle de Vetores realiza vistorias de combate à dengue também nos imóveis sem morador ou desabitados durante a sua rotina, e em razão da epidemia de dengue esse trabalho tem sido intensificado.

Ao realizar a vistoria no quarteirão, quando o agente se depara com imóveis desocupados, ele registra no boletim de atividades. Essa informação é enviada aos fiscais do setor, que localizam os proprietários através do Cadastro de Imóveis da Prefeitura e agendam as vistorias.

Alessandra Cristina do Nascimento, gerente de Controle de Vetores, explica como é o procedimento nesses casos. “Se o imóvel estiver sendo administrado por imobiliárias, temos acesso e autorização para retirar as chaves e realizar a ação. De uma forma geral, os problemas em relação a possíveis criadouros são resolvidos imediatamente. Caso o proprietário do imóvel não atenda as nossas orientações, está sujeito às penalidades da Lei Municipal, tanto por ‘manter condições favoráveis à proliferação de mosquitos’, quanto por ‘impedir ou dificultar o acesso de profissional para fiscalização’ em caso de recusa de vistoria ou não agendamento dentro do prazo estipulado”, esclarece.

Segundo ela, também há situações de entrada com ordem judicial quando houver riscos à saúde pública. Vale ressaltar que a equipe vistoria os imóveis para eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Em relação à reclamações relacionadas à mato alto ou imóveis em situação de abandono, a denúncia deve ser feita à Secretaria de Obras e Serviços Públicos.

PROGRAMAÇÃO DESTA QUINTA-FEIRA

Nesta quinta-feira (5), os agentes de combate a endemias da Vigilância Epidemiológica realizarão trabalhos de vistoria casa a casa nos bairros do Jardim Morumbi, Vila Santana, Jardim das Hortências, Jardim Nova Época e Jardim Imperador. Já a nebulização passará pelo Selmi Dei III, enquanto o fumacê será realizado nos períodos da manhã e noite no Valle Verde.

Levantamentos apontam que 80% dos criadouros de dengue estão nas residências, por isso, a Prefeitura visita uma média de 30 mil casas por mês. Em metade delas o trabalho não é concluído por falta de autorização para a entrada. As equipes inclusive fazem horário estendido (noturno) e plantões aos sábados na tentativa de minimizar essa questão.

E os agentes de combate a endemias da Vigilância Epidemiológica trabalham sempre uniformizados, com camiseta cinza e colete marrom, além de circularem em carros oficiais. É importante observar a identificação do agente e autorizar a sua entrada. Em caso de dúvida, o morador também pode ligar no Controle de Vetores, nos telefones 3303-3123 e 3303-3124.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone da Ouvidoria da Vigilância Epidemiológica, que é o 0800-7740440, ou no WhatsApp da Prefeitura, o (16) 99760-1190.

Vale lembrar que o descarte irregular de lixo, resíduos sólidos, volumosos (sofás, poltronas e colchões) e queimadas em área urbana e rural também causam danos à saúde e ao meio ambiente. A denúncia aos órgãos oficiais pode ser feita pelo telefone 0800 770 1595.

NÚMEROS DA EPIDEMIA

Segundo a Vigilância, no ano de 2022 foram registrados 5.423 casos confirmados de dengue. Foram 150 casos em janeiro, 701 casos em fevereiro, 3.063 em março e 1.509 em abril. Neste ano, dez óbitos causados pela dengue foram registrados em Araraquara.

Os sintomas de dengue são febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e manchas pelo corpo. No momento em que o paciente procurar o atendimento, ele deve levar RG, Cartão SUS e um comprovante de endereço com CEP.

ATENDIMENTO

O Centro de Atendimento de Dengue funciona no hospital de campanha, diariamente, inclusive finais de semana e feriados, das 7h às 21h. E todas as unidades de saúde do município também atendem casos suspeitos de dengue – os postos funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30, e as UPAs, 24 horas por dia.

Vale acrescentar que a UPA da Vila Xavier, que desde o início da pandemia de Covid-19 atendia exclusivamente casos da síndrome gripal, já retomou o atendimento de outras patologias, inclusive dengue.