Home Agronegócio

Implantado no Assentamento Bela Vista o programa Jovem Agricultor do Futuro

O programa Jovem Agricultor do Futuro, organizado pelo Sindicato Rural e Senar, tem como objetivo proporcionar ao jovem aprendiz a educação básica e genérica necessária ao trabalho em todas as atividades produtivas do meio rural, transformando o potencial destes jovens em competência para toda a vida. O primeiro módulo começou no dia 3 de abril.

178
Jovens aprendem ampliar o gosto pela vida no campo e sonham com a agronomia

“Eu acredito que todos os jovens que tenham a oportunidade devam fazer este curso. A minha atividade de coordenador regional do Senar me faz ver que o jovem participante muda muito como pessoa, muda nos seus relacionamentos em casa e no trabalho, por conta da interação e também por ter um contato mais pleno com a natureza”. A frase do engenheiro agrônomo João Henrique de Souza Freitas dá uma dimensão exata da importância do programa Jovem Agricultor do Futuro uma semana após sua implantação no Assentamento Bela Vista, antiga Usina Tamoio.

“De fato, disse uma das alunas do curso, pois as aulas e atividades práticas me mostram uma nova compreensão sobre o mundo”. Ela está integrando um grupo formado por 14 jovens inscritos, com idade entre 14 e 17 anos, e tendo aulas que duram 4 horas diariamente.

Aulas que são dadas ao ar livre em uma convivência plena com a natureza

Outras alunas chegam a se manifestar até mesmo com grande orgulho entendendo que o curso será levado e lembrado por toda a vida, principalmente para quem, mais para frente, pretende fazer agronomia. Para João Henrique este já é o primeiro passo, pois o jovem começa a se apaixonar pela natureza, pelo meio ambiente e pela sustentabilidade.

São histórias que a instrutora pedagógica Mariana Camargo Leite Freitas vem acompanhando ao longo do tempo. Desde a primeira turma, anos atrás, Mariana tem ouvido narrativas que fortalecem os ideais dos jovens e são histórias que ela divide com a instrutora articuladora Letícia Ariadne Adalberto. Ambas empenhadas dividem responsabilidades em que os alunos são desafiados a traçar objetivos e metas pessoais, acreditando em suas possibilidades e potencialidades, avaliando o próprio progresso. Na dimensão profissional, os jovens são levados à elaboração de um projeto, escolhendo um tipo de ocupação rural que tenham interesse em atuar.

A interação entre os alunos

Com uma carga horária de 464 horas, o programa é realizado entre abril e novembro, no contra turno das aulas escolares. A primeira dimensão trabalhada é o “Ser Pessoa”, em que os alunos são desafiados a traçar objetivos e metas pessoais, acreditando em suas possibilidades e potencialidades, avaliando o próprio progresso. Na dimensão profissional, os jovens são levados à elaboração de um projeto, escolhendo um tipo de ocupação rural que tenham interesse em atuar.

É o que está ocorrendo neste primeiro módulo com a ‘oficina aprender a aprender’, com o objetivo de estabelecer regras de convivência. Construir e concluir ideias e informações de contrato pessoal e coletivo. Respeitar as diferenças sociais, religiosas, raciais e culturais. Respeitar normas de segurança.

Grupo se envolvendo com aulas teóricas

Na dimensão da cidadania, eles desenvolvem um projeto de ação comunitária, contribuindo para a melhoria da comunidade em que vivem, por meio de várias oficinas. Para o entendimento do que é ser um profissional da agricultura, eles se debruçam sobre um projeto articulador, que os ensina a planejar, programar e manejar a produção agropecuária e, finalmente, refletem sobre o que é ser um empreendedor rural, elaborando um projeto no qual analisam o mercado e identificam oportunidades de trabalho ou negócios.

Os jovens que sonham com o curso de Agronomia, com pós-graduação em Meio Ambiente, lembram que o programa auxilia no processo de autoconhecimento e resgate da autoestima. Em cursos passados, os organizadores notaram que, no início das poucos não apostam na  autoconfiança, mas acabam se tornando ao longo dos meses capazes de serem bons profissionais, agindo de forma sempre correta e com ética. “O curso abre para eles uma oportunidade de ascensão pessoal e cada qual vai à busca dos seus sonhos”, explica Mariana.

Participantes assimilando o ensinamento vindo das instrutoras

Na parte do projeto articulador, área que compete a instrutora Letícia Ariadne Adalberto, é desenvolvido o planejamento e programação da produção agropecuária, buscando primeiramente o conceito de sustentabilidade e introduzindo os conceitos básicos de um sistema de produção e seu itinerário técnico. Com o intuito de preparar os alunos para as futuras produções. É realizada a pesquisa de mercado, proporcionando a tomada de decisão entre os alunos, estimulada pela instrutora. Finalizando o módulo com a introdução dos conceitos de estratégia e passos para a conversão da agricultura convencional para a orgânica, distribuindo proporcionalmente na área do terreno experimental.