A Santa Casa de Araraquara integrada ao Programa Paulista de Apoio às Comissões Intra-Hospitalares de Transplante (PPA-CIHT) 1, realizou nesta terça-feira (24) a segunda captação de órgãos do ano. Ao longo do dia, foram realizados os procedimentos para captar órgãos como fígado pela equipe do Hospital de Sorocaba e rins pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
A captação de órgãos, segundo Fernanda Gonçalves Fernandes, que responde pela gerência assistencial da Santa Casa de Araraquara, é sempre um processo complexo e delicado, mas que, através de um gesto de amor e solidariedade da família do paciente, possibilita que outras pessoas tenham uma nova vida.
No dia 18 de janeiro, quando foram captados rins, fígado, córneas e ossos de um homem de 39 anos, o hospital já havia realizado com sucesso a primeira captação, cumprindo o seu papel de integrar o Programa Paulista de Apoio Às Comissões Intra-Hospitalares de Transplante (PPA-CIHT) 1.
Nesta ação de terça-feira, em nota, a direção da Santa Casa disse que “admira e agradece aos familiares do paciente de 21 anos que autorizaram a doação, e a todas as equipes envolvidas: CIHDOTT, UTI e Centro Cirúrgico da Santa Casa de Araraquara, e aos Hospitais de Sorocaba e Ribeirão Preto.”
De acordo com o provedor do hospital Jeferson Yashuda a Santa Casa hoje participa do programa que permite uma melhor organização do processo de captação de órgãos; maior performance na Identificação dos doadores potenciais; adequado acolhimento familiar, maior dinamismo na articulação entre Hospital Notificante, Organização de Procura de Órgãos (OPO) e Central Estadual de Transplantes (CET).
Isso, argumentou Yashuda “permite uma ampliação na captação de órgãos não só em maior quantidade mas também com melhor qualidade. Por estes motivos o Sistema Estadual de Transplante elaborou o Programa Paulista de Apoio às Comissões Intra-Hospitalares de Transplante (PPA-CIHT).”
O provedor, que vem realizando importante trabalho na reestruturação do hospital, disse ao RCIA que é um orgulho a nossa Santa Casa ter estrutura e respeitar critérios rígidos para poder receber equipes de grandes centros de transplantes para captação de órgãos. Ele foi incisivo ao comentar que – já vimos e ouvimos inúmeras vezes escândalos pelo Brasil de venda de órgãos. “Um absurdo. Aqui em São Paulo, a Santa Casa de Araraquara participa de uma comissão que desempenha um trabalho sério.”
Ao integrar esse movimento de doação o hospital colabora com a ampliação do número de doadores de órgãos e tecidos no Estado de maneira quantitativa e qualitativa, o que reflete diretamente no aumento do número de doadores viáveis. “O programa consiste no estímulo ao processo de doação desde a busca ativa e manutenção da viabilidade do doador potencial até o momento da captação dos órgãos e tecidos para transplante”, ressaltou o dirigente.
E finalizou: “É importante incentivar a doação, mas é um momento muito doloroso para família e ao mesmo tempo, de grande felicidade para quem recebe um órgão que é vital para sua sobrevivência.”