
A Justiça tornou réus e decretou a prisão preventiva de sete pessoas envolvidas na morte do casal José Eduardo Ometto Pavan, de 68 anos, e Rosana Ferrari, de 61, residentes em Araraquara e assassinados em São Pedro. A investigação, conduzida pela 3ª Delegacia de Homicídios, foi concluída nesta quarta-feira (13).
O casal mantinha quase todos os seus negócios em Araraquara; eles eram donos de uma escola infantil localizada na Avenida José Bonifácio, mantendo após a ocorrência em São Pedro suas atividades dentro da normalidade.

Segundo as investigações, os advogados das vítimas, Hércules Praça Barroso e Fernanda Morales Teixeira Barroso, foram os mandantes do crime. As vítimas teriam sofrido um prejuízo financeiro que pode chegar a R$ 20 milhões, resultado de um plano orquestrado pelos advogados.
Esse esquema envolvia a cobrança de despesas processuais inexistentes, a falsificação de decisões judiciais e notas fiscais, além da transferência de bens imóveis de alto valor das vítimas para os advogados, sob o pretexto de “blindagem patrimonial”.
A última fase do plano era o assassinato do casal. Para isso, os advogados que são da cidade de São Carlos, morando condomínio de luxo, contrataram Carlos César Lopes de Oliveira, conhecido como “Cesão”, um criminoso reincidente que prestava serviços como motorista para os advogados. Cesão solicitou a ajuda de Edinaldo José Vieira, o “Índio”, para cometer o crime.
Os executores do crime foram Césão e Índio, os dois mataram o casal, alteraram o local do crime e ocultaram os corpos, que só foram encontrados no domingo, dia 6 de Abril, na chácara familiar onde José Eduardo e Rosana passavam o fim de semana. O assassinato ocorreu no dia 4 de abril.
A arma usada no crime foi providenciada por Alex Severino de Lira, Carlos César Lopes de Oliveira, conhecido como Cacá, e José Severino de Lira, conhecido como Saúde. A arma foi apreendida na posse de Cacá.
Os advogados e os executores do crime foram presos no dia 17 de junho. Os outros três envolvidos foram presos no dia 17 de julho, após a polícia analisar os aparelhos celulares dos executores e dos mandantes do crime.
A Justiça de São Paulo acatou a denúncia do Ministério Público e tornou réus os sete acusados de envolvimento na morte dos empresários.