Um grupo de empresários de Araraquara está se organizando para dialogar com os governos municipal e estadual no sentido de encontrar soluções para evitar que a economia da cidade entre em colapso durante o lockdown.
Com representantes dos mais variados setores da economia, divididos em grupos de WhatsApp, eles já somam quase 500 empresários. “Muitos deles correm sério risco de fechar as portas de seus estabelecimentos nesses 15 dias de lockdown”, disse um dos incentivadores do grupo, que preferiu não se identificar.
A primeira ação coletiva foi publicar um documento nas redes sociais colocando a situação do empresariado do município e solicitando mais clareza no decreto. “Entendemos o temor com a ocupação de leitos de UTI e enfermaria e as novas cepas identificadas nos mais recentes exames, no entanto, a forma como a decisão fora tomada atinge os empregadores e os empregados de maneira agressiva e sem chance de qualquer organização por ambas as partes”, diz o documento.
De acordo com eles, o novo decreto, publicado às pressas e na véspera do final de semana, impede a circulação de pessoas e limita atividades comerciais que já vinham sendo realizadas de maneira paliativa, mas mantinham um mínimo da atividade econômica. “O decreto, por si só, apresenta em linhas gerais a proibição do trabalho, mas não dá uma série de informações básicas.”
Para sanar as dúvidas sobre o decreto, nos grupos de WhatsApp criados foram adicionados também os vereadores, o prefeito Edinho Silva e o vice-prefeito Damiano Neto. “O objetivo é simples: obter informações concretas, práticas para repassar aos colaboradores. Além disso, com a ajuda dos nossos governantes, conseguirmos quebrar o monólogo e iniciar um diálogo cujo objetivo é somente construir soluções para todos neste momento de caos”, encerra a nota assinada pelos grupos de empresários de Araraquara.