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Lula anuncia novos ministros e Edinho ainda fica de fora. Mas pode ser anunciado na terça

Haddad, na Fazenda, e Flávio Dino, na Justiça, estavam entre os primeiros nomes que foram anunciados; para nós araraquarenses a esperança era ver Edinho como ministro nesta quinta, mas não foi desta vez e pode acontecer depois do Natal.

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Lula ao anunciar novos ministros nesta manhã de quinta-feira (Foto: Khalil Santos/CB/D.A. Press)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva começou a anunciar os nomes para os ministérios no dia 9 de dezembro: o ex-ministro e ex-prefeitoFernando Hadda (Fazenda); o governador da Bahia Rui Costa (Casa Civil); o ex-governador e senador eleito Flávio Dino (Justiça); o ex-ministro José Múcio Monteiro (Defesa); e o diplomata Mauro Vieira (Relações Exteriores).

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (22/12), Lula anunciou mais 16 nomes.  São eles: Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Marcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência),  Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Nísia Trindade (Saúde),  Camilo Santana (Educação), Esther Dweck (Gestão), Márcio França (Portos e Aeroportos), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Cida Gonçalves (Mulher), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Margareth Menezes (Cultura), Luiz Marinho (Trabalho), Igualdade Racial (Anielle Franco), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Indústria e Comércio (Geraldo Alckmin) e Vinícius de Carvalho (Controladoria-Geral da União).

Os ministros anunciados por Lula tomam posse também no dia 1º de janeiro, em cerimônia no Palácio do Planalto. O evento ocorre depois que o próprio Lula for empossado no Congresso Nacional.

OS NOVOS MINISTROS DE LULA

Nísia Trindade (Saúde) – Primeira mulher a presidir a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e condecorada pela atuação durante a pandemia de Covid-19. É a primeira mulher a presidir o Ministério da Saúde no Brasil.

Camilo Santana (Educação) – Ex-governador do Ceará e senador eleito, ele desbanca a até então mais cotada Izolda Cela, vice na chapa dele e atual governadora. Santana, que já havia cumprido dois mandatos, atuou como articulador da candidatura de Elmano de Freitas (PT), eleito para o governo cearense nestas eleições. Também apoiou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado, mesmo tendo longa aliança com a família de Ciro Gomes (PDT).

Alexandre Padilha (Relações Institucionais) – Atualmente deputado federal, ele foi ministro da SRI entre 2009 e 2010, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrava seu segundo mandato. Ele já trabalhava no ministério há mais tempo: começou como chefe de gabinete até galgar a chefia pasta, como o mais jovem ministro do governo, aos 38 anos. Também foi ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff. 

Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) – Vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do partido. Ela será a primeira mulher e a primeira pessoa negra a ocupar a posição de forma permanente. A engenheira foi eleita deputada federal por dois mandatos, e ocupou o cargo entre 2011 e 2019. Integrou comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, de Desenvolvimento Urbano e de Cultura. 

Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) – Deputado federal em fim de mandato, tem 52 anos e vai comandar um ministério importante pela proximidade com o chefe do Executivo federal. O indicado despacha dentro do Palácio do Planalto e influencia, por exemplo, na agenda do presidente. Na função, é preciso ter boa interlocução com a sociedade civil e os partidos da base, com o objetivo de dialogar e diminuir eventuais tensões. 

Esther Dweck (Gestão) – Foi secretária do Orçamento Federal no governo de Dilma Rousseff (PT). Integrou a coordenação do grupo técnico de Planejamento, Orçamento e Gestão na transição de governo. Ela é professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com pesquisas focadas em economia do setor público, regime fiscal e participação do Estado e crescimento e desenvolvimento econômico.

Cida Gonçalves (Mulher) – Foi secretária de enfrentamento à violência contra a mulher durante o governo de Dilma Rousseff (PT), mesma função que desempenhou no governo Lula. 

Wellington Dias (Desenvolvimento Social) – Dias foi governador do Piauí duas vezes, totalizando quatro mandatos – primeiro entre 2003 e 2010, depois novamente entre 2014 e 2022. Na última eleição, foi eleito senador, cargo que já havia ocupado no intervalo entre seus governos estaduais.

Anielle Franco (Igualdade Racial) – Jornalista e ativista feminista e antirracista, ela cofundou o Instituto Marielle Franco após o homicídio da irmã, então vereadora no Rio de Janeiro, em 2018. Hoje, ela é diretora do Instituto.

Fernando Haddad (Fazenda) – Ex-prefeito de São Paulo, tem fama de pragmático e é admirador de Galbraith. É visto como alguém que coloca a lealdade ao chefe acima dos seus projetos pessoais. 

Rui Costa (Casa Civil) – Filiado ao PT e economista formado pela Universidade Federal da Bahia, é governador da Bahia, eleito em 2014 e reeleito em 2018.  Começou a trajetória política no movimento sindical ainda na década de 1980. Foi vereador de 2000 a 2007. Também foi eleito deputado federal em 2010, mas licenciou-se para assumir o cargo de Secretário da Casa Civil da Bahia, a partir de 5 de janeiro de 2012. É próximo de Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, e foi como secretário do amigo que ganhou maior notoriedade. 

Flávio Dino (Justiça) – Ex-governador do Maranhão e senador eleito no pleito deste ano, era um dos coordenadores do grupo técnico que discute Justiça e Segurança Pública. Defendeu a revogação de decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizaram o acesso a armas e também uma atuação mais restrita da Polícia Rodoviária Federal. Na entrevista em que anunciou Dino, Lula disse que o indicado tem a missão de consertar o funcionamento da Pasta da Justiça, numa referência ao que ocorreu durante a gestão no governo Bolsonaro.

José Múcio Monteiro (Defesa) – Tem uma extensa carreira na vida pública. Foi deputado federal por quase duas décadas, integrou a equipe do segundo governo de Lula e presidiu o Tribunal de Contas da União (TCU). Era um dos principais cotados para a Defesa em razão de seu perfil articulador e do bom trânsito nas Forças Armadas.

Mauro Vieira (Relações Exteriores) – Um dos mais experientes diplomatas em atuação, com mais de 40 anos de carreira na área, foi chanceler no governo de Dilma Rousseff, de 2015 a 2016. Depois, foi representante do Brasil do Brasil junto às Nações Unidas. Antes foi embaixador nos Estados Unidos (2010 – 2015) e na Argentina (2004 – 2010). É um dos diplomatas mais próximos do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, conselheiro de Lula para assuntos internacionais.

Margareth Menezes (Cultura) – Já fazia parte da equipe de transição da cultura do governo Lula. A cantora nasceu em Boa Viagem, região de Salvador, em 13 de outubro de 1962. Filha de uma costureira e de um motorista, é a mais velha de cinco irmãos. Conquistou dois troféus Caymmi, quatro troféus Dodô e Osmar e foi indicada ao Grammy Awards e ao Grammy Latino.

Luiz Marinho (Trabalho) – Ele esteve à frente do Ministério ainda no primeiro governo de Lula, entre 2005 e 2007, quando então migrou para a Previdência. Marinho é ex-prefeito de São Bernardo do Campo e foi presidente do sindicato dos metalúrgicos da região do ABC na década de 1990 e início dos anos 2000.