Sem condições financeiras de manter alguns serviços essenciais até mesmo na área da Saúde para idosos e crianças, a Prefeitura Municipal a partir desta terça-feira (12) deixa de prestar atendimento aos que ainda necessitam de tratamento em fonoaudiologia, psiquiatria e psicologia. Até mesmo os que vinham sendo atendidos ficarão sem assistência.
Profissionais diretamente envolvidos na prestação de serviço – 37 dias após a eleição em que o governo petista foi derrotado nas urnas – tiveram que explicar, segundo consta, a adoção da medida estabelecida pelo prefeito Edinho Silva, aos seus pacientes ou responsáveis, sobre o corte do tratamento.
Os serviços assistenciais e de saúde vinham sendo realizados no Centro Especializado em Reabilitação “Dr. Eduardo Lauand” que fica na Rua Nove de Julho (Rua 2), nº 3700, no Jardim Dom Pedro I, nas proximidades do Centralizado Municipal. A unidade até esta terça-feira (12) funcionou de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.
Indignadas com a atitude da Prefeitura Municipal e acusando os gestores de insensíveis pelo corte do tratamento que vinha sendo feito aos necessitados – mães e responsáveis agora se organizam para uma manifestação em frente a unidade inaugurada pelo prefeito em 2016 para atendimento de pacientes com deficiência física, intelectual ou auditiva.
Em algumas ocasiões os gestores da Saúde chegaram a dizer que o Centro de Reabilitação seria o único polo SUS que realiza esse trabalho em uma região de 1 milhão de habitantes. “Somos pioneiros nessa área aqui em Araraquara há muitos anos. A gente procura sempre o melhor para a pessoa atendida. O prefeito Edinho tem dado todo o apoio para a gente continuar com esse trabalho que é maravilhoso”, comentou um deles.
Contudo, o cenário passou a ser outro: a necessidade de cortes por conta do endividamento da Prefeitura que deve ultrapassar 1 bilhão de reais, além da derrota no pleito eleitoral em 6 de outubro. Com isso o município não tem condições de manter o mutirão de atendimento criado bem antes das eleições, gerando agora desconforto e intranquilidade entre os pacientes e seus familiares.
A medida leva o prefeito eleito, doutor Lapena, a estudar uma forma de contornar o problema criado pelo atual governo.