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Mercado externo: de janeiro a setembro Araraquara comprou mais e vendeu menos

Se a crise bateu aqui é verdade que no exterior também houve retração econômica com as consequências sendo vistas agora. Os indicadores publicados pelo Comércio Exterior (Comex) apontam que no caso de Araraquara as 54 empresas que exportam venderam menos; em compensação, importamos mais.

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No acumulado do ano, as exportações de Araraquara totalizaram US$ 324,59 milhões – variação de -6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior

De acordo com o Comex Vis, projeto da Secretaria de Comércio Exterior que disponibiliza representações gráficas e interativas de dados do comércio exterior brasileiro, os exportadores de Araraquara não têm muito que comemorar neste ano de 2019: de janeiro a setembro o município exportou US$ 390,25, o que representa praticamente 48,95% menos que no ano passado. Curiosamente, importamos mais – 51,89%, que corresponde ao índice de 12,93% maior que 2019.

Em setembro os indicadores já apontavam que o comércio exterior brasileiro já havia registrado o pior desempenho para o mês em cinco anos. Tal evidência fez o Governo reavaliar o saldo comercial, que será positivo mas menor do que o previsto em US$ 15 bilhões para o ano de 2019.

Dentro do cenário local o nosso superávit é de US$ 338,36 milhões no período compreendido entre janeiro e setembro surpreendendo as 54 empresas exportadoras que temos no mercado, pois o resultado não é nada animador: Araraquara participa com 1% nas exportações feitas pelo Estado de São Paulo, o que lhe garante a 23ª posição no ranking e a deixa em 92° lugar entre os municípios brasileiros.

AS IMPORTAÇÕES

Segundo o Comex Vis em 2019, Araraquara apresenta um quadro formado por 67 empresas importadoras estando em 238° lugar do ranking nacional e 77ª colocada no Estado de São Paulo, onde tem 0,1% de participação nas importações. A classificação de importadores e também exportadores engloba pessoas jurídicas e físicas, segundo o Comex (Comércio Exterior).

Dentro do quadro denominado Visão Geral dos Produtos Importados em que é apontado o valor de US$ 51,89 milhões de dólares – máquinas e aparelhos não especificados foi o que mais importamos, representando um índice de 12%; em segundo lugar aparece a importação de filés e outros tipos de carnes de peixes com 7,6%, normalmente feita por supermercados, atacadistas e restaurantes de alto consumo.

Há menção de que tais importações normalmente são feitas junto a Alemanha (14%), Itália (9,5%), Argentina (8,3%), Bolívia (7,8%) e disparadamente da China, de quem compramos 26% dos produtos importados. Neste ano, dos Estados Unidos Araraquara comprou apenas 5,7%. Em valores compramos dos chineses neste ano pouco mais de US$ 13 milhões, quase o dobro do que ocorreu em todo o ano passado.

Já a exportação pelo menos 46% foram direcionados para os chamados países baixos, região costeira da Europa ocidental, que consiste principalmente da maior parte dos territórios da Holanda e da Bélgica, além das regiões dos deltas dos rios Reno, Escalda e Mosa, regiões essas muito baixas e que em boa medida se encontram ; para a China enviamos 9,1% dos nossos produtos e Estados Unidos, 16%.

O que vendemos? Sumos de frutos, basicamente a laranja que atinge um índice de 64%, além de óleos essenciais (9,1%) e carnes de bovinos (5,9%); deste quadro também faz parte os açucares de cana (7,5%).