
Uma reunião programada para a próxima quinta-feira (17) deve definir a forma da coleta do lixo em Araraquara depois que o Ministério Público do Trabalho interferiu no antigo sistema adotado pelo DAAE. A reunião deverá envolver diretamente o sindicato da categoria (Siemaco) e o Ministério Público do Trabalho.
A Justiça já havia determinado que o sistema outrora usado fosse modificado, assim no dia 27 de janeiro os coletores deixaram de ser conduzidos na parte traseira dos caminhões, sendo este o têor da decisão de uma ação movida pelo MPT em 2017. Na oportunidade o MPT exigia alterações e novo modelo para transportar os coletores de lixo. Três anos depois o próprio ministério deu um prazo de 12 meses para que – o sistema de transporte dos trabalhadores fosse de fato alterado.
A mudança veio, mas os coletores não se adaptaram ao novo sistema e além do atraso na execução do serviço, foi observado o cansaço dos trabalhadores que chegaram a exaustão. Por conta dos problemas enfrentados o novo sistema de coleta durou apenas um dia.
A decisão do DAAE em parar e voltar com o antigo método foi com o objetivo de em curto espaço de tempo dialogar com o Ministério Público do Trabalho; para tanto entrou com pedido de uma reunião que não foi aceita e o MPT comunicou a Justiça a execução de R$ 6,5 mil de multa referente ao período em que o departamento deixou de cumprir a decisão.
COLETORES RECEBIDOS NA CÂMARA

Nesta terça-feira os coletores e o líder do grupo foram recebidos durante a sessão da Câmara Municipal onde cada vereador expôs seu pensamento com relação a execução dos serviços, havendo em alguns críticas ao comportamento da Justiça que não ouviu a categoria que considera inviável o novo sitema.
Para o sindicato todo esforço será colocado em prática visando uma alternativa que dê solução ao problema; para alguns vereadores a população não pode ser penalizada pois paga pela qualidade do serviço. Por outro lado é imprescindível que seja observada a importância do trabalho para o coletor quando quando se vê a crise no setor de empregos.
Em nota o Ministério Público do Trabalho alega que a multa foi aplicada porque o DAAE desrespeitou a obrigatoriedade em cumprir a derterminação, além de instigar a população, mediante a determinação da realidade. “A realidade é que o departamento predeterminou o fracasso das medidas planejadas, sabotando o cumprimento da decisão judicial, já que colocou os trabalhadores para percorrer a pé todo o percurso da coleta, ou seja, toda a jornada de trabalho, levando, como era previsível, à exaustão física dos coletores”.