Faleceu nesta sexta-feira (13), Maria de Lourdes Andrião Damus, simplesmente Maria, a esposa do vereador Elias Damus, um dos mais importantes personagens da história política de Araraquara. Maria, também era genitora de Juliana Damus, que após a morte do pai, passou a se dedicar a vida política, elegendo-se vereadora pelo Progressistas.
A história de vida de Maria, se assemelha muito ao dia-dia que tinha ao lado de Elias ou da própria Juliana, pois em ambos os casos, era ela que coordenava as atividades eleitorais tanto de um, quanto do outro. Paralelamente administrava a Casa Damus, loja de tecidos na Avenida Portugal, entre as ruas Gonçalves Dias e 9 de Julho.
Maria, filha de uma das mais tradicionais famílias de Araraquara – Andrião – se casou com Elias em 1968; na época o marido já estava envolvido na política e tinha 34 anos, pois fora eleito vereador em 1960 pela Bancada do Partido Social Progressista – PSP, assumindo uma cadeira pela primeira vez em janeiro de 1960 na 4ª legislatura. Quando assumiu o cargo de vereador Elias tinha então 25 anos. Na 5ª legislatura, Elias Damus foi reeleito, quando conheceu aquela que viria a ser sua esposa.
Curiosamente Elias Damus deixou de participar das eleições da 6ª e 7ª legislaturas: estava atendendo o pedido da própria esposa que o convencera a esperar o nascimento das filhas Dilma Helena e Juliana.
Cumprido o juramento Elias retornou à vida pública e com o apoio de Mariazinha como ele a chamava venceu as eleições da 8ª até a 12ª legislaturas, praticamente um recorde: até hoje é o vereador, que mais vezes foi eleito sucessivamente à Câmara Municipal de Araraquara.
Quando questionados sobre a estratégia de tantas reeleições a resposta vinha de forma prazerosa: pelo número de afilhados. Elias em determinada ocasião relatou que já na sua última reeleição no final dos anos 90 eram – 500 afilhados, quer dizer cinco centenas de compadres e comadres que lhe garantiam os votos nas urnas. E de fato era verdade pela sua postura de defensor dos cidadãos humildes e carentes, que viam nele o patrono e guia nas mais diversas reivindicações populares.
Maria, segundo consta tinha em uma caixa de sapatos as fichas de cada compadre e a data de aniversário dos afilhados; com o marido anualmente fazia visitas para cumprimentá-los. Hoje seria uma espécie de HD Externo de 500gb com todos os nomes na memória. Com o falecimento de Elias em 1999, a filha Juliana passa a se valer desse legado, entrando em cena (2001) para manter a tradição de Maria-Elias na vida política da cidade.
Tanto quanto o pai, ela exerceu sempre com brilhantismo todos os cargos que lhe foram confiados durante sua vida pública e manteve-se sempre fiel ao partido e às diretrizes propostas pela bancada. Foram 9 anos de mandato em nossa Câmara Municipal.
Nas redes sociais a filha Juliana, em uma breve mensagem lamentou: “Com muita tristeza comunico o falecimento da minha mãe, o amor da minha vida. Quero lembrar dela assim, engraçada, companheira… linda demais!
O velório será neste sábado (14), no Memorial Fonteri, das 7h30 às 10h15; ela será sepultada no Cemitério São Bento, às 10h30.
(Colaborou Silvia Gustavo/Memorial da Câmara Municipal)
