
Eraldo Polez, um dos nomes mais respeitados da agricultura regional, será sepultado no final desta manhã de sábado (24) no Cemitério de Guarapiranga. O velório, de acordo com a família terá início às 7h, se estendendo até às 10h, em uma das salas da Funerária Micelli, região central de Araraquara. O enterro será logo após, em meio a tristeza que Eraldo deixa entre familiares e amigos.
“Um bom papo, homem honrado e trabalhador, que deixa um imenso legado, capaz de ser entendido como verdadeiro exemplo de amor à terra para todas as gerações”, comentou o presidente da Canasol e Credicentro, Luís Henrique Scabello de Oliveira ao anunciar o falecimento do amigo.
As ligações de Eraldo com a Associação de Cana eram quase que familiares, pois seu filho Romualdo é diretor da entidade e ao longo do tempo seguiu os passos do pai, se mantendo firme nos serviços e nos negócios. Zinho Polez, como é conhecido no agronegócio, lembra com carinho das coisas que o pai contava.
Ele foi roceiro e desde os 8 anos carpia algodão com o seu avô; ia na escola até o meio-dia e depois pra roça, conta o filho, Romualdo, ressaltando a humildade do pai Eraldo Polez num certo dia lembrou sua infância com lágrimas escorrendo pelos cantos dos olhos. As dificuldades pontuaram a vida da família e não há como se emocionar, dizia ele.
Na verdade a história da família no mundo agrícola começa em 1948 quando seu pai vendeu para o Sano um ‘chevrolezinho’ por 20 mil cruzeiros. Foi com muita insistência que Eraldo e o irmão Elio convenceram o pai a dar os 20 mil cruzeiros para entrada num sítio que queriam comprar e que o dono pedia 60 mil.
No dia 27 de julho de 1949 a família se mudou para o sítio chamado Serra Alta (15 alqueires) em Guarapiranga, começando o trabalho com um arado puxado pelo burro e o dinheiro que surgia era guardado debaixo do colchão.
Guardar o dinheiro serviu para que Eraldo comprasse o primeiro trator em 1956. “A gente era muito pequeno, sem muitos recursos, e casamento mesmo, era só entre lavrador e a filha de outro lavrador”, lembra.
Mas foi trabalhando muito que os filhos do ‘seo’ Fioravante Polez e Lúzia Ferro Polez foram comprando novas propriedades ao redor da Serra Alta. Elio, Hélcio, Eraldo, Herivelto e Maria Regina formavam uma família predestinada ao crescimento.
Eraldo sempre contava com orgulho que eram quase 250 alqueires em uma das mais ricas regiões do país, agora fruto do trabalho em parceria com os filhos Eraldo e Romualdo.
Com a esposa Maria Helena Vanalli, Eraldo se emocionava sempre ao falar do passado, do companheirismo com o irmão Elio, lembranças que sempre lhe deram um caminhar digno e honrado, tal como o pai Fioravante lhe ensinou.

A Canasol, associação da qual ele sempre fez parte, apresenta seus sentimentos aos familiares e amigos.