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Morre Osni da Cruz Faustino, o araraquarense e bairrista morador do São Geraldo

Após o casamento com Eloísa, Osni ainda seguiu com sua história de amor e carinho por aquela região do Parque Infantil: foi ali que sua família se tornou conhecida e plantou suas raízes, tendo um vínculo muito forte com as tradições e os costumes da cidade. Deixa para trás um rastro de saudades.

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Osni em um momento de conversas com os amigos

Será sepultado nesta sexta-feira (2) em Araraquara, Osni da Cruz Faustino, 70 anos, que faleceu de infarto na quarta-feira no Hospital Jardim América em Goiânia. Osni era uma pessoa extremamente conhecida, tendo passado sua infância e parte da adolescência em uma casa que fica bem em frente ao antigo IEBA na região do Parque Infantil.

Às vezes polêmico pelo seu envolvimento político, crítico pela forma de ver as constantes transformações da sociedade brasileira, Osni segundo seus amigos, era autêntico: “Ele era o que realmente era, dono de uma característica própria”, comentam.

Ele será velado nesta sexta (2), a partir das 10h em uma das salas do Memorial Fonteri (Unidade II), localizado na Avenida Portugal, 1030 e o sepultamento ocorrerá no Cemitério São Bento, às 13h.

Nas fotos, Osni e a esposa Eloísa com a filha Simone Eloiza do Carmo Sita Faustino Raunaimer

UMA HISTÓRIA DE BAIRRISMO

O amor que Osni da Cruz Faustino nutria pela sua cidade, as vezes passava dos limites. Entrava no túnel do tempo em outras oportunidades e contava a infância e a adolescência que tivera na região do Parque Infantil com seus irmãos e os pais Alcyr Mary e Antônio da Cruz Faustino. Para os amigos mais íntimos ele fazia questão de contar como conhecera sua esposa Eloísa do Carmo Sita, outra família muito conhecida na região do Bairro de São Geraldo.

“Minha mãe passeava em seu opala escarlate pela Bento de Abreu, quando meu pai a viu, foi atrás dela no seu fusquinha fazendo sinais para ela parar. Ela parou, pois achou que havia alguma problema com o carro, mas ele só queria conversar”, relembra o filho Igor, que tem a história dos pais na ponta da língua: “Ele as vezes juntava a gente e contava velhas histórias de família”, argumenta.

Osni, Eloíza, Igor e Péricles

“Além conhecer essa linda mulher que o conquistou só com o olhar, meu pai descobriu que minha mãe era professora e dava aula ao IEBA, mas ele não contou que morava na casa em frente ao IEBA (atualmente), ao lado da antiga casa do professor Jorge Cury”, narra Igor.

As próprias lembranças daqueles tempos de romantismo contam que “todos os dias Osni a observava dar suas aulas e mandava seu irmão caçula, Gerson Faustino, enviar um buquê de flores à ela na saída. “Na época eles não tinham muito dinheiro, mas ele sempre dava um jeitinho de comprar um buquê, porque minha mãe já estava prometida a um engenheiro espanhol”.

Mas, Osni foi persistente e conquistou Eloísa de maneira tão romântica que ela não teve como continuar um relacionamento que foi “arranjado entre as famílias”; ela seguiu seu coração escolhendo o verdadeiro amor, contrariando seus pais”, comenta Igor.

Deste casamento nasceram quatro filhos: Ms. Dra. Simone Eloiza Sita Faustino Raunaimer, Dr. Igor Victor de Lucas Sita Faustino Ramos, Péricles Cassiano Sita Faustino (já falecido) e Péricles Emmanuel Sita Faustino.

Igor com o pai em viagem de férias e ao lado a última foto dele (está em Dubai) com Osni da Cruz Faustino