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Na apresentação como novo técnico da Seleção, Júnior lembra da sua infância em Araraquara

Multicampeão em diversas equipes do Brasil, treinador de 61 anos será o comandante da Amarelinha

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Sonhos de criança se transformam em realidade na promissora carreira de um atleta exemplar

Dorival Júnior é o novo treinador da Seleção Brasileira Masculina. O técnico foi apresentado nesta quarta-feira (9) pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em cerimônia na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Dorival vai comandar o time a partir dos amistosos em março diante de Espanha e Inglaterra. Ele também terá pela frente os desafios com a equipe na Copa América e nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

“É uma satisfação, estou sinceramente emocionado, depois de tudo que eu vivi, de tudo que eu passei”, afirmou Dorival Júnior, na abertura do seu pronunciamento aos jornalistas.

“Estou aqui para fazer a primeira convocação: a do torcedor brasileiro. Que acredite mais na seleção, que viva mais a seleção”, acrescentou

TRAJETÓRIA

Campeão das duas últimas edições da Copa do Brasil (São Paulo, em 2023, e Flamengo, em 2022), Dorival chega ao comando da Seleção Brasileira com mais de 20 anos de experiência como treinador. Ele conquistou também a Libertadores em 2022 pelo Flamengo, a Recopa Sul-Americana em 2011 pelo Internacional e a Copa do Brasil em 2010 pelo Santos.

Seu primeiro trabalho como técnico aconteceu em 2002 na Ferroviária, clube que o revelou para o futebol durante seus tempos de atleta. Depois, passou pelo Figueirense, onde ganhou o Campeonato Catarinense de 2004, seu primeiro título como treinador.

Em seguida, comandou Fortaleza, Criciúma, Juventude, Sport, Avaí, São Caetano, Cruzeiro e Coritiba até chegar ao Vasco da Gama e vencer seu primeiro título nacional: a Série B do Campeonato Brasileiro de 2009. Com a conquista, Dorival foi contratado pelo Santos, que se sagrou campeão do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil em 2010.

Na sequência, trabalhou no Atlético-MG, Internacional, Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Athletico Paranaense e Ceará e voltou a trabalhar em Vasco e Santos.

Dorival Júnior segurando a bola e com os amigos que jamais esquecerá nos tempos do Atlas: Armando Clemente, Rijo, Renatinho, Cláudio, Silvinho, Toninho, Gê Tampelini e Reginaldo; Vandinho, Dorival Júnior, Nenê, Lonchini, Nil e Tato, em um Torneio Início em 1974

TÍTULOS DE DORIVAL COMO TREINADOR 

2004: Campeonato Catarinense – Figueirense

2005: Campeonato Cearense – Fortaleza

2006: Campeonato Pernambucano – Sport

2008: Campeonato Paranaense – Coritiba

2009: Campeonato Brasileiro Série B – Vasco da Gama

2010: Campeonato Paulista e Copa do Brasil – Santos

2011: Recopa Sul-Americana – Internacional

2012: Campeonato Gaúcho – Internacional

2016: Campeonato Paulista – Santos

2020: Campeonato Paranaense – Athletico Paranaense

2022: Copa do Brasil e Copa Libertadores da América – Flamengo

2023: Copa do Brasil – São Paulo

Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e Dorival Júnior assinaram contrato em sua entrevista coletiva
Créditos: Staff Images / CBF

CARREIRA COMO JOGADOR

Dorival começou sua carreira profissional na Ferroviária, time em que cultivou seu amor pelo esporte desde criança por acompanhar seu pai, que trabalhava na equipe Grená, como diretor de futebol a partir de 1966.

Júnior acompanhava o pai Dorival a partir dos 3 anos de idade, indo principalmente a Pensão da Ferroviária no bairro de São Geraldo. Sua convivência na época foi com Machado, Belluomini, Fernando, Rossi, Fogueira, Bebeto, Bazani, Passarinho, Maritaca, Teia e Pio, elenco montado para disputar e ganhar o acesso à Divisão Especial. A Ferroviária tinha caído um ano antes.

O pai de Júnior era diretor do Departamento de Futebol composto por mais três dirigentes: Carlos Coutinho de Oliveira Filho que faleceu no ano passado, o médico Eduardo Lauand e o bancário Antonio de Pádua Lopes. O presidente era Aldo Comito e o vice Augusto Cardilo, ambos ferroviários da EFA.

Hoje, apelidado apenas de Júnior, o agora técnico da Seleção Brasileira atuava como volante e defendeu 12 clubes, incluindo Palmeiras, Grêmio, Juventude e Coritiba, além de equipes de Santa Catarina e do interior de São Paulo.

Entre suas conquistas estão o Campeonato Brasileiro Série B de 1994 pelo Juventude, o Campeonato Gaúcho de 1993 pelo Grêmio e o Catarinense de 1987 com a camisa do Joinville.