Nada decidido, pelo menos oficialmente. O que existe é uma certa tendência de voto para este ou para aquele, e se, as pesquisas realmente sinalizarem para um ou para o outro lado – direita e esquerda em uma disputa extremamente polarizada, Araraquara viverá uma das suas eleições municipais mais equilibradas dos últimos tempos, onde Eliana Honain, do PT (Partido dos Trabalhadores) e doutor Lapena, do PL (Partido Liberal), disputam acirradamente a cadeira do Executivo.
Em 2024 as pesquisas deixaram a desejar, exceção uma ou outra se aproximaram dos percentuais de intenção do voto, contudo se umas levam a sério o papel que todas deveriam cumprir, outras servem apenas para permanecer ao gosto de quem as contratou, fazendo das posições um jogo de caprichos e de interesses mesquinhos. Assim, lamentavelmente o eleitor é manipulado e é levado a não ser um cavalo perdedor. Muitas das pesquisas são feitas com o objetivo apenas de conduzir o dono do voto – o incauto.
Em tempos de eleição, pesquisas eleitorais são amplamente noticiadas pela mídia tradicional e debatidas nas redes sociais, aumentando o interesse das pessoas em expressões como margem de erro e amostra. Esses e outros termos deixam muitas dúvidas em quem não está acostumado a conceitos estatísticos, que são fundamentais para entender os resultados de qualquer pesquisa de opinião, seja ela eleitoral ou de outro tipo.
Pesquisas eleitorais são uma tentativa de captar a intenção de voto do cidadão, em um momento específico, por meio de um número limitado de entrevistas. É, portanto, um esforço de medir o todo a partir de uma parte.
Uma analogia comum em pesquisa é que, da mesma forma que se prova uma única colher de sopa para se sentir o sabor de um caldeirão completo, basta uma parcela da população-alvo para se conhecer a opinião da população como um todo.
Em Araraquara, tanto quanto a maioria dos municípios brasileiros as pesquisas desempenham papel importante na decisão do eleitor. Existe tanto o voto útil, quando o eleitor quer ajudar alguém que tem mais chance; quanto o voto de veto, quando o eleitor quer fazer com que um candidato específico perca. “A pesquisa não determina, ela influencia como qualquer outra fonte de informação”, e situação semelhante aconteceu em Araraquara em 2024, com os partidos de direita se matando no ninho. Um deles, desviou o foco. O alvo teria que ser outro e a estratégia usada foi ridícula.
Mas, como diz o ditado – entre mortos e feridos todos se salvaram, numa situação assim em que prevalece a falta de critérios para se avaliar a idoneidade de uma empresa consultora, deveria se exigir maior rigor da Justiça Eleitoral contra canalhice dos que agem usando a ilusão para enganar o menos esclarecido. Sonhar não é a mesma coisa que se iludir. O sonho empurra você na direção dos seus objetivos. A ilusão paralisa, porque faz você acreditar que já chegou lá.
Assim, acreditamos que – primeiro, a verdadeira pesquisa é a urna. Segundo, que a voz do Povo, é a voz de Deus, e o som que vem das ruas nos direciona para o equilíbrio entre dois nomes. E temos que acordar tão somente para a realidade entre dois nomes, enquanto que os demais merecem o nosso respeito e admiração pelo que se dispuseram a enfrentar ao longo desta campanha eleitoral.
E, se fotos também mentem com o avanço da tecnologia, reservamos o direito de nos curvar ao talento do desenhista Kiko Lopes, que usa no RCIA o seu sentimento artístico para dar vida aos traços de quem poderá cuidar da nossa população por mais quatro anos, contribuindo com a sobrevivência e o respeito à dignidade humana. E Kiko Lopes tem algo importante a dizer num dia como esse, parafraseando Cora Coralina: “Araraquara nos ensinou a amar a vida, a não desistir da luta, a recomeçar na derrota, a renunciar pensamentos negativos, mas principalmente a acreditar nos valores humanos”.