Com a prisão na noite desta quinta-feira (17), de mais um criminoso – o sétimo – a Polícia Civil considera esclarecido o assassinato do casal de empresários araraquarenses José Eduardo Ometto Pavan, 69 anos, e, Rosana Ferrari, 61 anos, no dia 04 de abril em São Pedro, região de Piracicaba.
Detido por conta de um mandado de prisão, o investigado é o sétimo envolvido: ele tem 29 anos e é filho de um homem já preso também nesta quinta-feira na parte da manhã e sobrinho de um outro que está nas mãos da polícia desde a primeira fase. Com isso, a investigação se fecha – revelam os agentes que trabalharam 90 dias consecutivos.
A execução do casal se deu pelos dois presos na parte da manhã – 60 e 39 anos – que teriam sido contratados para os assassinatos e ocultação dos corpos, terceira fase da Operação Jogo Sujo imposta pela DEIC (Divisão Especializada em Investigações Criminais), de Piracicaba. A primeira delas foi a prisão dos advogados do casal em São Carlos, a segunda ação se deu na Praia Grande e a terceira se fecha com os serviços policiais desta quinta, ainda em São Carlos. Pelo menos três dos detidos têm vínculos familiares. Todos por enquanto deverão responder por homicídio qualificado, estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e ocultação de cadáver.
Na entrevista coletiva de ontem (quinta-feira), de acordo com a polícia, as mortes foram planejadas, tendo como motivação questões patrimoniais, fruto de um relacionamento profissional que ocorre desde 2016, aproximadamente.
Outro relato da investigação sinaliza que que os envolvidos aplicaram golpes nas vítimas, criando documentos como guias de pagamento, comprovantes de recolhimento de taxas inexistentes e por incrível que pareça – até uma decisão forjada com o objetivo claro de ludibriar e retirar valores das vítimas.
O casal de empresários – ele membro de família voltada para o agronegócio e política e ela proprietária de uma escola infantil na Avenida José Bonifácio em Araraquara – passou a se envolver no ramo imobiliário 10 anos atrás quando conheceu o casal de advogados em São Carlos, os contratando para solucionar pendências com a Justiça. Temendo perder valores e imóveis adquiridos ao longo do tempo, os empresários vinham passando imóveis para os nomes dos advogados, convictos de que poderiam reavê-los dado o relacionamento profissional.
A partir daí os profissionais para impedir a suposta perda do patrimônio criaram a estratégia de matar os dois com a criação de um grupo criminoso, sendo assassinados em uma das passagens de fim de semana em Águas de São Pedro onde mantinham uma chácara. O crime ocorreu em 04 de abril.
