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Posto de Coleta de Leite Humano da Gota pede mais doadoras

Instalado na Gota de Leite, posto precisa de dez litros de leite materno por semana, sete a mais que o captado atualmente

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Ao longo deste ano, o Posto de Coleta de Leite Humano da Maternidade Gota de Leite tem registrado diminuição no número de doadoras em Araraquara e a consequente redução do estoque de leite materno, especial para recém-nascidos.

Na terça-feira (7), em entrevista ao programa ‘Canal Direto com a Prefeitura (via página do Facebook da Prefeitura)’, a nutricionista e coordenadora do Posto de Coleta da Maternidade, Mayara Perna Assoni, explicou a necessidade do aumento do estoque a partir de um número maior de doadoras.

É que também neste ano houve aumento no número da demanda na Gota de Leite, que exige mais leite materno. Atualmente, são 15 recém-nascidos na maternidade que precisam deste leite.

O ideal, segundo ela, seria o Posto de Coleta de Leite Humano dispor em estoque de pelo menos dez litros desse leite a cada semana, porém, são captados atualmente somente três litros por semana.

“É utilizado, em média, até um litro e meio por dia para amamentar os recém-nascidos prematuramente, embora o ideal seria que todo bebê recebesse o leite materno”, explicou Mayara que reforçou a Semana Nacional da Amamentação, lembrada de 01 a 07 de Agosto.

Se a mulher dispuser do tempo necessário, ela pode doar entre 180 mililitros (ml) até um litro de leite por ordenha. E apenas um litro de leite humano pode salvar até dez recém-nascidos.

Vale ressaltar que o Posto de Coleta de Leite Humano da Maternidade Gota de Leite funciona em função da UTI Neonatal da própria Maternidade, em parceria com a UTI Neonatal do Hospital São Paulo, para atender recém-nascidos internados cujas mães estejam apresentando alguma dificuldade para amamentar.

Como doar

 Conforme acrescentou Mayara Assoni, toda mãe que estiver amamentando é uma potencial doadora.

Também pode doar leite materno toda mulher saudável, que não estiver tomando medicamentos incompatíveis, nem usando álcool ou outras drogas, além de apresentar exames de sorologia negativos para HIV, sífilis e hepatites C e B.

Também pode ser apresentado o exame pré-natal, se estiver dentro do período de seis meses.

“Para se tornar doadora, primeiro é preciso se apresentar na Gota de Leite ao menos uma primeira vez. Para que seja feita a triagem, o cadastro e a coleta de material para os exames exigidos, além do processo de orientação e higienização e do recebimento de um kit para coleta em casa”.

O horário para a coleta pode ser agendado ou a mulher pode procurar diretamente pela maternidade, de segunda-feira a sábado, das 7h às 18h30h

Vale destacar que todas as terças-feiras uma equipe da Gota de Leite passa pelas residências para recolher no mínimo 180 ml do leite materno de cada uma das doadoras e para a entrega de um novo kit da próxima doação.

Segundo Mayara, de uma semana para outra o leite ordenhado diariamente pode ser armazenado e congelado no mesmo frasco do kit, desde que com a data exata da realização da coleta.

Amamentar

Sobre amamentação, a nutricionista e coordenadora do Posto de Coleta de Leite Humano da Gota de Leite enfatizou que uma mulher tem, primeiro, que querer amamentar.

Em segundo lugar, necessita de um grupo de apoio de familiares, ou de profissionais da saúde, como da Atenção Básica ou do Posto de Coleta de Leite Humano, para incentivá-la.

“A decisão de não amamentar também pode estar ligada a algum mito ou crenças, ou mesmo pela necessidade de trabalho, onde a mulher ocupa papel de destaque hoje”, acrescentou.

O ato de amamentar não pode provocar dores para a mulher. Mas, às vezes, é possível acontecer a dor, por fissura nos mamilos, por exemplo. “Por isso, é importante destacar a importância do apoio, principalmente no momento inicial da amamentação para o bebê”, reiterou.

Vale destacar, ainda segundo Mayara, que o leite materno é o melhor alimento que o bebê pode receber, de forma exclusiva, ao menos até os primeiros seis meses de vida, de acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde. E de forma complementar, até os dois anos de idade

A nutricionista também ressaltou que são raras as doenças que podem impedir uma mãe de amamentar normalmente o bebê. Uma dessas doenças é o HIV.