Araraquara a partir deste domingo (primeiro de janeiro) já tem um novo quadro de vereadores. Logo após a posse dos 18 parlamentares e também do prefeito Edinho Silva e do vice Damiano Barbiero Neto definiu-se através votação aberta a nova Mesa Diretora, cuja responsabilidade na condução dos trabalhos terá dois anos de duração.
Por conta da disseminação da pandemia do coronavírus optou-se pela posse presencial sem contudo a participação do público; por ter sido a vereadora mais votada nas eleições de 15 de novembro em Araraquara a petista Thainara Faria presidiu a mesa convidando para secretária outra petista – Filipa Brunelli.
Após a apresentação dos hinos Nacional e de Araraquara a presidente Thainara Faria destacou que o prefeito Edinho, o vice Damiano Neto e os vereadores seriam empossados recebendo cópias da Lei Orgânica do Município bem como do Regimento Interno, prestando ainda juramento ao cargo que estariam assumindo.
Logo depois da assinatura de cada um dos parlamentares, prefeito e vice foi aberto espaço de três minutos para que eles, individualmente, se manifestassem – o que iniciou uma série de agradecimentos aos eleitores, partidos, familiares e amigos. Cada um prometeu defender os interesses da comunidade.
O mais enfático foi o vereador Marcos Garrido que aproveitou histórico bíblico para sinalizar seu acesso à vida política: “Assim como Cristo disse não aos fariseus e assediado pelo Sabuceo ele também não cedeu aos convites e declarou em boa voz que teriam eles transformado um tempo de oração em um tempo de submissão, se referindo aos interesses pessoais que o tempo praticava já naquela época. Eu não vou ceder a um projeto desta natureza. Entrei aqui cristão e não vou sair daqui um fariseu”, disse o novo vereador.
Depois da fala dos vereadores o cerimonialista da Câmara, o radialista Wagner Luiz, convidou o vice prefeito Damiano Neto para discursar, quando então ele ressaltou que – eleitos não vão governar apenas para quem votou na coligação, mas sim governar para toda Araraquara. De falar pouco em seus discursos, Damiano extrapolou no tempo e chegou a pedir desculpas – “isso nunca aconteceu comigo, me perdoem”, disse.
Já o prefeito Edinho Silva se fundamentou nas diferenças sociais e na necessidade da cidade viver num plano igualitário; destacou a importância da democracia como instrumento indispensável para aglutinação de propósitos que conduzam a cidade ao desenvolvimento. Edinho falou ainda de um novo processo civilizatório capaz de transformar os seres humanos em mais humanos, mais humanizados, e, mais sustentáveis, que defendam realmente a sustentabilidade.
Quase que no final do seu discurso deixou claro que a população não terá um Executivo que vai se acovardar, pois isso – disse o prefeito – não faz parte da minha trajetória e eu me orgulho da minha coragem. Completou – vocês não terão em mim um Executivo que vai fugir dos desafios.
BOI O NOVO PRESIDENTE
Sem surpresas, logo após as manifestações dos empossados, se deu a eleição da mesa diretora e o vereador Aluísio Braz, do MDB, não encontrou resistência para ser eleito presidente da Câmara nos próximos dois anos. Já havia na verdade um acordo estabelecido entre as principais bancadas para eleger o vereador, participando do grupo os partidos mais tradicionais como PSDB, PT, PP e o próprio MDB, que decidiu chamar para composição agremiações de centro-direita e até mesmo os de esquerda que formaram a coligação que elegeu Edinho Silva.
O presidente eleito foi Aluísio Braz, o Boi (MDB) que concorreu com Luna Meyer (PDT) e Marcos Garrido, do Patriota. O emedebista conseguiu 13 votos, antecipação feita pelo RCIA no começo da semana. Thainara Faria (PT) foi eleita vice-presidente, não tendo concorrente, obtendo 15 votos. Dois vereadores preferiram anular o voto e outro foi em branco.
Como primeiro secretário foi eleito foi Rafael de Angeli (PSDB), não tendo adversários, obtendo 16 votos. Como segundo secretário venceu Lucas Grecco, que concorreu com Marchese da Rádio, tendo 13 votos.
