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Prefeitura diz que “contas de 2021 ainda não foram votadas pelo Tribunal”

As contas do prefeito Edinho Silva, já desaprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, por quatro anos concecutivos e aprovadas politicamente pela sua base na Câmara Municipal, voltaram a ser analisadas pela Primeira Câmara do TCE-SP, ano 2021, e tiveram parecer prévio desfavorável. Em nota a prefeitura rebateu.

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Prefeitura Municipal de Araraquara

Após divulgar nesta sexta-feira (16) que as contas públicas da Prefeitura do Município de Araraquara, relativas ao Ano de 2021 não foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, o RCIA também buscou junto a sua assessoria de imprensa informações e posicionamento sobre o Parecer do TCE-SP.

As 16h16, desta sexta, o RCIA havia entrado em contato com o setor de comunicação do município questionando: “Acabou de ser publicado material sobre as contas rejeitadas da Prefeitura, pelo Tribunal, focando 2021. Veja se a Prefeitura por gentileza tem algo a dizer pois faremos matéria em separado”, dando evidentemente espaço para que os documentos emitidos pelo tribunal fossem analisados, contestados ou não.

O município em nota publicada em seu site às 19h26 buscou desmentir as informações iniciais extraídas do site do TCE-SP e publicadas pelo RCIA ARARAQUARA.

O QUE PUBLICOU O TCE-SP

PARECER EMITIDO PELO TCE-SP SOBRE AS CONTAS DA PREFEITURA DE ARARAQUARA

O QUE DIZ A PREFEITURA SOBRE O PARECER

PREFEITURA DE ARARAQUARA CONTRA ATACA A NOTÍCIA

“A Prefeitura de Araraquara esclarece, sobre a análise das contas de 2021 no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), que o parecer definitivo deverá ser emitido somente no final do ano de 2024, após avaliação do plenário do Tribunal. Portanto, qualquer afirmação em contrário falta com a verdade e só serve para “a jogatina político-partidária”.

O TCE, por seu órgão de primeira instância – a Câmara, não o Pleno dos Conselheiros -, desconsiderou o empenho da Prefeitura no enfrentamento da pandemia da COVID-19, bem como a decisão do Conselho Nacional de Justiça, que determinou a revisão do cálculo dos precatórios. Essa análise levou à emissão de parecer desfavorável do relator, na Câmara, não no Pleno, que é quem delibera definitivamente.

Vale ressaltar que, no parecer, não há qualquer indício de desvio ou malversação de recursos públicos ou irregulares em licitações. Portanto, a lisura nas ações e nos gastos públicos está constatada.

Todos os esclarecimentos já foram apresentados ao relator, que os levará à análise da Câmara responsável do TCE, nos embargos de declaração, ocasião em que, avaliados a realidade do município e todos os investimentos feitos no enfrentamento do vírus para que vidas pudessem ser salvas, a sugestão de reprovação das contas poderá ser revertida.

Em última instância, o tema será levado ao plenário do TCE, sendo certo que não se pode desconsiderar os recursos investidos na saúde da população de Araraquara no biênio de 2020-2021 e a profunda crise de endividamento da Prefeitura, encontrada em 2017 e que, desde então, vem sendo revertida.

Importante reforçar que o endividamento da Prefeitura de Araraquara, assim como de outros municípios, vem de outras gestões e reflete a falência do pacto federativo proposto pela Constituição de 1988, que iniciou o processo de municipalização de educação, saúde e assistência social, sobrecarregando o orçamento dos municípios. As Prefeituras são responsáveis por inúmeras políticas públicas e não contam com os devidos repasses dos entes federados. Leis são aprovadas no Congresso Nacional sem que seja estabelecida a fonte da receita das novas despesas. Isso dificulta cada vez mais que as Prefeituras apresentem balanços equilibrados e contas saudáveis.

Prefeitura de Araraquara”