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Prefeitura diz que sua situação beira a insustentabilidade financeira e orçamentária

Da forma com que a Prefeitura de Araraquara se expressa e tenta justificar a impossibilidade de conceder reajustes salariais aos servidores municipais sua situação financeira é de fato gravíssima. O SISMAR contudo pressiona para que sua proposta seja aprovada. Só que uma conversa do SISMAR com o prefeito vai depender da intermediação do presidente da Câmara.

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Manifestação dos servidores em frente o Paço Municipal

Desde a última terça-feira (3) o SISMAR (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região) vem avaliando a proposta da Prefeitura Municipal relativa ao dissídio anual do funcionalismo referente a data base de 2022.

No documento que o SISMAR tornou público para dar conhecimento as informações há uma espécie de lamentação sobre o estado financeiro que o município enfrenta, sinalizando uma situação que beira a insustentabilidade financeira e orçamentária. Os termos usados pelo próprio Executivo, seriam por conta dos robustos gastos com Saúde na ordem de 45%do orçamento, sobretudo por causa da pandemia da Covid-19, do crescimento dos casos de dengue, do estoque de precatórios a ser saldado pelo município que só em 2021 foi na proporção de R$ 48 milhões e agora com previsão de R$ 40 milhões para 2022.

O município, diz o ofício, não pode fazer ajustes pontuais quanto menos avançar na implementação dos novos PCCVs acumulando demandas e obrigações, com impactos financeiros que tornam inevitável a diluição da proposta (sindicato) que segue no tempo.

Na sequencia a prefeitura pondera e mostra o que pode oferecer aos servidores públicos municipais neste momento:

1 – Reajuste do piso salarial do funcionalismo, que passará de R$ 1.089,00 para R$ 1.302,64 no mês de junho;

2 – Reajuste retroativo de janeiro de 2022 de 33,24% no piso salarial do magistério da rede pública de educação básica, que passará a R$ 3.845,66;

3 – Reajuste de 5% no dissídio coletivo em agosto de 2022;

4 – Aumento de 37% no valor recebido no cartão-alimentação já em junho de 2022 para todos os servidores. O valor recebido no cartão-alimentação passará de R$ 540,00 para R$ 740,00, dos quais:

– o vale passará R$ 420,00 para R$ 440,00; e o bônus alimentação, vinculado a assiduidade, passará de R$ 120,00 para R$ 300,00.

– a perda do Bônus Alimentação somente se dará com a apresentação do 3º atestado no mês.

5 – Política de Promoção de Classe PCCV

O SISMAR  em sua página diz que está publicando o documento para análise do servidor público municipal e que marcar uma assembleia neste momento estaria muito em cima da hora.

“A publicação é apenas para dar visibilidade do documento, mantendo a clareza que é de costume. Pontos como, o Edinho assinar o documento, chamar para mesa de negociação o sindicato e a comissão ou responder aos pontos que destacamos na nossa contra proposta, foram coisas que notamos não terem sido respeitadas”, argumenta o sindicato.

De acordo com o próprio SISMAR já houve um novo encontro dos diretores da entidade com o presidente da Câmara, Aluísio Boi, com o objetivo de se agendar um encontro com o prefeito Edinho Silva, onde cada ponto da proposta será debatido em conjunto.