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Prefeitura rebate De Angeli e diz que Via Expressa não corre risco de desabamento

A Prefeitura de Araraquara se defendeu nesta sexta das denúncias feitas pelo vereador Rafael de Angeli de que “a Via Expressa corre o risco de desabar”. Ela também alega que vem buscando recursos junto ao governo estadual e federal para viabilizar as obras necessárias na Via Expressa, hoje orçadas em mais de 20 milhões.

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Alguns trechos da Via Expressa correm risco de afundar

A Prefeitura Municipal rebateu nesta sexta-feira (04) as denúncias feitas no meio desta semana pelo vereador Rafael de Angeli, do PSDB, que alertou as autoridades sobre os riscos da Via Expressa desmoronar, tendo em vista o estado de conservação das galerias ou dutos que passam por baixo da pavimentação.

Na matéria publicada pelo RCIA, De Angeli explica que com o aumento das chuvas, uma das coisas que sempre preocupa quem mora ou transita pela região da Via Expressa, mais especificamente próximo à rodoviária e ao terminal de integração, são os alagamentos no local. Como se não bastasse o medo da água, agora também fica claro o risco de desabamento do asfalto.

O relato do vereador Rafael de Angeli (PSDB) veio acompanhado de um vídeo em que ele está ao lado do ex-vereador Jéferson Yashuda, agora diretor técnico do DRS III (Departamento Regional de Saúde), fazendo uma inspeção nas galerias subterrâneas construídas para canalizar o Córrego da Servidão, que deságua no Rio do Ouro.

Hoje (sexta), a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos esclareceu em nota que monitora frequentemente as condições do local e que não há risco iminente de desabamento do asfalto. “O setor tem tomado medidas preventivas junto à Defesa Civil. Ainda assim, em caso de chuva forte, os setores interditam a Via Expressa da Avenida Feijó até o balão da Avenida Sete de Setembro, como forma de prevenção a acidentes em virtude do grande volume de água. Os riscos são de acidentes automobilísticos, não de desabamento da via”, diz a assessoria de imprensa da prefeitura.

A nota lembra ainda que “é uma situação que merece atenção, afinal a Via Expressa foi iniciada na década de 1970 e concluída na década de 1980, construída por trechos. Desta forma, não foi feita por uma única administração. Uma administração começava, fazia um trecho, a outra fazia outro trecho. Devido a isso, existe essa diferença importante de perfis e tipos de construção, e dos materiais utilizados.”

A Prefeitura Municipal ressalta que com a retirada dos trilhos do centro de Araraquara, a intenção é que se faça um projeto de uma rede paralela, captando toda a água proveniente da Vila Xavier e jogando essa água mais a jusante, mais para frente, para evitar esse ponto de alagamento.

Já em relação ao vídeo apresentado pelo vereador Rafael de Angeli (PSDB), é importante ressaltar – diz a Prefeitura Municipal, que ele foi gravado em outra oportunidade, daí De Angeli estar acompanhado de Jeferson Yashuda. Na época, o RCIA chegou consultar o ex-vereador José Carlos Porsani que também teria entrado nas galerias com os outros vereadores. Dois anos atrás, não houve a cessão dos vídeos ao nosso portal, sendo utilizados agora, momento em que as chuvas castigam o Estado de São Paulo. Coincidentemente, hoje Yashuda é Diretor Regional da Saúde e José Carlos Porsani, secretário municipal do Meio Ambiente.

Ainda em sua nota a Prefeitura explica que “é de ciência do próprio vereador que uma reforma estrutural do local demandaria um grande investimento, o qual neste momento é inviável para o poder municipal, uma vez que a prioridade do município, desde 2020, tem sido enfrentamento à pandemia. Só em 2021, o município drenou R$ 80 milhões de recursos do próprio municipal para o combate à Covid-19, garantindo testagem em massa, atendimento, abertura de leitos, medicamentos, dentre outros, inclusive abertura de um hospital de campanha que está operacional novamente, devido a retomada do crescimento da pandemia. Diante disso, a Prefeitura de Araraquara vem buscando recursos junto ao governo estadual e federal para viabilizar as obras necessárias no local, hoje orçadas em mais de 20 milhões.

A Prefeitura de Araraquara encerra a nota dizendo que “continuará trabalhando para resolver problemas da cidade, como tem feito incansavelmente. A politização de problemas da cidade não ajuda na solução dos mesmos.”