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Pressão “12 por 8” passa a ser considerada elevada; especialista da Unimed explica

Valores acima necessitam de atenção em relação ao estilo de vida.

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O cardiologista da Unimed Araraquara Dr Lineu Biazotti

Realizado no fim de agosto deste ano no Reino Unido, o Congresso Europeu de Cardiologia apresentou mudanças no diagnóstico e no tratamento da hipertensão (ou pressão alta). O grande destaque ficou para a pressão “12 por 8” que, antes considerada normal, passa a ser vista como “pressão arterial elevada”. Com isso, a pressão ideal passa a ser de “12 por 7” (ou 120/70 mmHg).

“Entre 12 por 7 e 14 por 9, eles chamam de pressão arterial elevada e não hipertensão arterial ainda. O grupo que se enquadra nessa parcela precisa ficar atenta e orientada. Minhas primeiras dicas são: emagrecer, fazer atividade física, reduzir o sal da comida, ingerir mais potássio, dormir de sete a oito horas por noite, diminuir a carga de trabalho e procurar evitar o stress”, explica o cardiologista da Unimed Araraquara Dr Lineu Biazotti.

Para chegar a um valor real da pressão, o especialista recomenda que o paciente faça um mapa, isto é, uma mensuração da pressão arterial em diferentes situações. “Antigamente o paciente chegava no seu consultório, você tirava a pressão 15 por dez e já marcava. Hoje, o ideal é você fazer a pressão na residência ou no ambulatório. Por que? Porque no consultório, o paciente sempre está submetido ao stress de uma consulta”, finaliza. 

Vale dizer que a hipertensão arterial atinge cerca de 27,9% da população brasileira, de acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2023. Ainda segundo o levantamento, a prevalência do diagnóstico médico é maior entre mulheres (29,3%) do que entre homens (26,4%) nas 27 capitais brasileiras. Entretanto, em ambos os sexos, a frequência aumentou com a idade e diminuiu com o nível de escolaridade.