Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, não fugiu a regra de outras cidades da região e também vai entrar, a partir desta 5ª feira (27), em lockdown.
Dentre as principais medidas, estão o fechamento de supermercados para receber público dentro das lojas, e a suspensão do transporte coletivo a partir desta quinta, até a outra 2ª feira (31), data em que entram em vigor novas determinações restritivas. A cidade ainda terá toque de recolher das 21h às 5h.
As medidas foram anunciadas por causa do aumento de casos, mortes e internações por conta da covid-19. Denominada de “Emergencial Restritiva”, a nova fase em Ribeirão Preto é muito parecida com o lockdown de 17 de março. O que existe de diferente é a liberação dos bancos, escritórios de contabilidade, indústrias e construção civil, que podem funcionar.
Segundo o prefeito Duarte Nogueira, são medidas necessárias para gerir a pandemia no município. “É uma maneira a salvaguardar a oferta de saúde a quem porventura venha precisar”, disse Nogueira.
Nesta 2ª feira (24), a taxa de ocupação em UTIs era de 96,1%, segundo o site leitoscovid.org, com 299 pacientes internados em 308 vagas.
Em 31 de maio, data em que se encerram as medidas restritivas, está previsto um novo anúncio para avaliar os impactos das novas regras.
VEJA O QUE PODE FUNCIONAR:
Assistência em saúde (serviços médicos, laboratoriais, farmácias e hospitais);
Veterinário, apenas com urgência;
Assistência social e atendimento à população vulnerável;
Defesa civil;
Indústrias;
Construção civil;
Posto de combustível;
Agências bancárias;
Transporte de aplicativo e táxi;
Locação de veículos;
Telecomunicações e internet;
Serviço de radiodifusão de sons e imagens;
Serviços funerários.
O QUE NÃO PODERÁ FUNCIONAR:
Transporte público;
Escolas, universidades e cursos técnicos;
Missas e cultos presenciais; igrejas ficam abertas para orações individuais;
Reunião de pessoas ao ar livre;
Salão de beleza, estética e barbearias;
Escritórios, exceto os de contabilidade por conta dos prazos das declarações de Imposto de Renda; podem funcionar com 60% da capacidade;
Pet shops;
Academia;
Eventos esportivos;
Shopping e galerias;
Comercio em geral e de materiais de construção civil;
Parques;
Oficinas mecânicas;
Estacionamentos;
Restaurantes e bares com clientes internamente; autorizado apenas delivery até 23h;
Supermercados e hipermercados com clientes internamente; autorizado apenas delivery e drive-thru, desde que haja espaço adequado e com segurança sanitária, sem que a pessoa desça do carro;
Mercados, mercearias, padarias, casa de bolo, lojas de conveniência e bombonieres com clientes internamente; autorizado apenas por delivery até 23h;
Demais serviços que não estão na lista dos permitidos pela Prefeitura.
Paralisação
Além do anúncio de medidas restritivas, a cidade viveu nesta 2ª feira (24), um dia inteiro sem transporte coletivo. Os trabalhadores decidiram junto com o sindicato da categoria fazer a paralisação de 100% do serviço.
A reivindicação era o pagamento do adiantamento salarial que deveria ter sido pago em 20 de maio, porém não estava na conta dos trabalhadores até esta 2ª, e a vacinação da categoria contra a covid-19.
Para o gerente do consórcio pró-urbano, que gere o transporte público em Ribeirão Preto, os valores não foram repassados aos trabalhadores por falta de verba. “Não foi por ma-fé, é que a pandemia mudou tudo na questão de recebimento e não temos dinheiro”, pontuou Felicio. (Colaboração SBT).