O vereador Lineu Carlos de Assis, do Podemos, fez nesta terça-feira (23) sérias denúncias sobre o que ele considera o descompasso da Saúde em Araraquara, bem como acusações em que assegura ter prova documental que foi passada a ele na condição de parlamentar, por inúmeros servidores que atuam na área. O vereador usou a tribuna da Câmara e deixou claro que denúncias e acusações também envolve a Fungota.
Lineu argumentou que recebeu queixas dos funcionários que, com documentos, relatam fatos preocupantes que acontecem em algumas unidades de saúde e na Fungota, cuja administração, tem sido alvo de críticas nas últimas semanas.
Baseado em provas, o parlamentar cita entre os casos que geram desconforto – Favorecimento de funcionários em escalas, assédio moral de superiores com seus subordinados, tendo sido uma funcionária hostilizada e ofendida “aos berros” na presença de pacientes e outros colegas, sendo chama de “ridícula” pela gestora.
Ele falou de “desconfianças na veracidade de atestados médicos, bem como problemas com registro das marcações de ponto, causando descontos indevidos nos salários dos funcionários e, ao que ao serem constatados os erros, a reparação salarial ocorre somente no mês seguinte, trazendo prejuízos ao profissional.
“Está em andamento, inclusive, um caso de preconceito racial contra uma funcionária, tendo sido lavrado boletim de ocorrência por sentir-se discriminada”, disse o vereador. Entre as supostas mazelas narradas por ele também estão – falta de acolhimento e compreensão com funcionários que desenvolveram, durante a pandemia, problemas de ansiedade e depressão, além de – ausência de clareza acerca de descontos nos pagamentos, sem sequer buscar o motivo da falta de marcação no ponto biométrico.
Em seu discurso nesta terça-feira na tribuna, o vereador do Podemos falou da existência de vários casos denunciados no COREN com conclusão em desfavor da gestão administrativa da FUNGOTA, sendo que outros ainda estão sendo apurados.
Mas, ousado na sua investida ele acusa superiores maltratando, de forma agressiva, funcionários e suspeitas de não cumprimento total da carga horária, alegando que um funcionário estaria trabalhando muito abaixo de sua carga horária estabelecida. “Estou fiscalizando inúmeras situações que estão chegando até o meu gabinete e confesso que estou estarrecido e preocupado, afinal de contas, temos que voltar os nossos olhos com muito carinho para a FUNGOTA e, que fique bem claro, qualquer atitude a ser tomada por este vereador será com o intuito de preservar e salvaguardar esta maternidade a qual me orgulho de ter nascido, e mantê-la em funcionamento”, explicou.
Ele explica que – tais situações levam a uma série de processos trabalhistas, que geram altas indenizações por erros dos gestores administrativos, ficando a responsabilidade para a população pagar as sentenças desfavoráveis a Prefeitura. “Ou seja, o povo sempre pagando aquilo que não fez e o gestor saindo ileso de seus erros, uma vez que o dinheiro sai do poder público, mas que deveria sair do bolso de quem comete esses erros”, pontuou.
Adiante na sua explanação, Lineu Carlos de Assis saiu em defesa da população afirmando que a população vivencia diariamente filas pela madrugada para ser atendido nos postos de saúde, demora no pronto socorro das UPAS, filas para a realização de exames e até consultas com especialistas. “E tudo isso acontecendo de baixo dos olhos da Secretaria da Saúde, que busca fazer parecer que a saúde de Araraquara vai muito bem, obrigado! Principalmente quando eu vejo a titular da pasta passeando ao lado do Prefeito, fiscalizando obras, participando de eventos sem ligação com a saúde e se aproveitando da oportunidade para firmar o seu nome na política, protagonizando filmes nas redes sociais numa belíssima produção, de dar inveja até mesmo para Francis Copolla e Steven Spielberg”.
E encerrou dizendo: “Preocupa-me os rumos que esta cidade pode tomar diante de erros que levam a uma dívida implacável, pois em algum momento, ela será cobrada e, resta saber, quem vai pagar a conta. Não ficarei admirado se cair nas costas do coitado do trabalhador”.