Ainda que seja Dia de São Bento, 11 de julho, as opiniões dadas por fiéis e os comerciantes de Araraquara, parecem tomar o caminho do bom senso e críticas são feitas ao autor da ideia, o vereador Rafael de Angeli, do PSDB. Nos últimos dias, o projeto do parlamentar se tornou polêmico e no topo das discussões está o excesso de feriados prejudicando a economia da cidade e região.
De Angeli alega que o feriado é uma antiga demanda da comunidade católica, ganhando força a partir do momento que a Igreja Matriz foi reconhecida como Basílica Menor. Para ele, além da importância histórica, outros aspectos como cultura e religião, poderão ajudar na economia, pois a cidade pode ganhar força com a criação do turismo religioso.
Ainda recentemente, o padre Rodolfo Faria da Silva ocupou a Tribuna da Câmara para apoiar a iniciativa do vereador, apesar do projeto estar circulando entre as comissões permanentes que avaliam a sua constitucionalidade para depois ser encaminhado ao plenário.
Em defesa da economia da cidade e da própria atividade comercial de milhares de pessoas, está o presidente do Sincomercio, Antonio Deliza Neto que se posiciona contrariamente ao projeto, pois pode ocasionar prejuízos aos comerciantes e comerciários comissionados.
Nesta terça-feira (03) o tema ganhou nova projeção com a palavra oficial do presidente do Sincomercio que ocupou a Tribuna Livre sustentando com dados econômicos os possíveis preujízos com a criação do feriado, levando-se em conta também sua proximidade com 9 de Julho, um feriado paulista que celebra a Revolução Constitucionalista, movimento organizado pelo Partido Republicano Paulista (PRP) e apoiado pelo Partido Democrático (PD) em oposição ao presidente Getúlio Vargas.
Na quinta-feira passada (28), Toninho Deliza quando entrevistado pelo jornalista Tadeu Alvez, já havia comentado que – estaria municiando os vereadores com informações de origem econômica para mostrar os preujízos causados com mais um feriado que no caso de 2024 será excessivamente prolongado pois 09 de julho cai na terça-feira e logo, 11 de julho, será uma quinta-feira. Ocorre que atual administração tem se valido de dar ponto facultativo quando datas coincidem com a proximidade de feriados.
Outro fator que pesa negativamente na aprovação de mais um feriado é o período das comemorações pois as datas estão muitos próximas do quinto dia útil quando o assalariado coloca em circulação o seu pagamento. No caso do ano que vem, o trabalhador vai receber na sexta-feira e hipotéticamente encontrará o comércio funcionando parcialmente, e, Toninho lembra que – o comércio deixa de faturar por dia – R$ 94.847.077,13 – dados extraídos do CENAI (Código Nacional de Atividade Econômica.