
O Sindicato Rural de Araraquara e o Senar-SP organizaram nos 17, 18 e 19 de janeiro o curso de Segurança no Trabalho em Altura – NR 35, considerado muito importante para o meio rural, dependendo naturalmente da atividade que o produtor desempenha. Foi responsável pela instrução o técnico em segurança do Trabalho, Martinho Bukowski, um dos profissionais mais respeitados da área no interior paulista.
Realizado na Fazenda Agrosul, em Boa Esperança do Sul, região de Araraquara, o programa foi pautado pela NR 35 (Norma Regulamentadora) apresentando ao produtor e ao trabalhador rural os pontos principais da gestão da segurança e saúde no trabalho em altura, além de destacar os riscos envolvidos e como evitá-los, independentemente do local em que o trabalhador rural esteja inserido (campo, galpões, armazéns, entre outros).

Segundo o coordenador regional do Senar, engenheiro agrônomo João Henrique de Souza Freitas, a NR 35, elaborada pelo Grupo de Trabalho Tripartite (GTT), foi publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Portaria nº 313, de 23 de março de 2012, como Norma Regulamentadora para Trabalhos em Altura, que criou também a Comissão Nacional Tripartite Temática, com o objetivo de acompanhar a implantação das regras exigidas pela norma.
O coordenador tem dito que de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, acredita-se que as quedas estejam presentes em 40% dos acidentes de trabalho. “O descumprimento da NR 35 pode gerar multas e, em situações de risco grave e iminente de acidentes, a interdição do empreendimento”, completa.
Para Alcides Gomes Roque Junior, formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e gerente da propriedade, o curso realizado deve ser visto como um aprendizado que veio somar tanto para a empresa quanto ao pessoal que participou: “A empresa sabe que poderá contar com profissionais especializados; já o trabalhador vai entender que a formação oferecida o coloca como peça importante dentro do mercado de trabalho”, ressaltou.
Outra colocação feita por Júnior é que com a evolução do maquinário vieram os pontos favoráveis para uma agricultura qualificada que requer aumento na produção e ampliação dos espaços para a guarda destas ferramentas utilizadas: “O crescimento é harmônico em todos os sentidos”, completa.
Por exemplo, diz ele, no dia-a-dia de um trabalho agrícola as caixas d’água têm um papel importante e há constantemente reparos ou serviço de manutenção, exigindo que o trabalhador execute um serviço em altura. “Qualquer reparo a ser executado exige essa capacitação sendo, portanto de extrema importância para sua realização com segurança para quem o executa”, argumenta o gerente da propriedade.
Na sua opinião, na atualidade um dos fatores que mais atrapalha o desenvolvimento da empresa é a falta da mão de obra qualificada, assim é importante admitir a necessidade do trabalhador se qualificar, o que vai enriquecer seu currículo profissional.