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Temendo mudanças nos programas culturais, vereadores do PT chamam Lapena para audiência pública

Fabi Virgílio e Alcindo Sabino marcaram audiência pública para avaliarem com órgãos e entidades o futuro dos programas culturais do PT em Araraquara e convidam Lapena para participar. Políticos admitem que o objetivo é criar enfrentamento do prefeito eleito com a classe cultural antes da posse.

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Fabi Virgílio e Alcindo Sabino convidam Lapena para audiência pública

Temendo que o futuro prefeito Doutor Lapena, do PL, a partir de 2025 provoque mudanças na política cultural da cidade, extinguindo até mesmo projetos criados pela atual gestão – os vereadores Fabi Virgílio e Alcindo Sabino, ambos do PT, partido derrotado nas eleições municipais de 6 de outubro provocaram uma audiência pública para o dia 4 de novembro na Câmara Municipal de Araraquara, às 19h. De acordo com a convocação o tema do debate é “O futuro da Cultura em nossa Morada”.

Os parlamentares reeleitos, autores da iniciativa, entre os vários considerandos, citam que “Araraquara hoje é referência no incentivo à cultura e ao desenvolvimento de artistas, produtores culturais e arte-educadores, sendo importante polo de criação artística e cultural” e até sugerem que um novo modelo de gestão a ser executado precisa ter participação popular.

Em um dos trechos do documento que reivindica a liberação da Câmara para a audiência, os dois vereadores reafirmam que – consideram a participação popular essencial para garantir que as políticas culturais reflitam os anseios e necessidades da comunidade, e que uma audiência pública oferece um espaço democrático para que artistas gestores culturais e a população possam expressar suas opiniões e sugestões sobre o futuro da cultura na cidade.

Com esse objetivo eles convocam órgãos e entidades, pelo menos 29, para que participem da audiência convidando até mesmo o prefeito eleito doutor Lapena para que esteja presente no encontro.

As primeiras reações sobre a iniciativa dos petistas vieram dos próprios políticos que entendem ser a proposta deselegante e fora de propósito, sinalizando para uma pressão desnecessária já que a Comissão de Transição não tem números fechados sobre a atual situação econômica-financeiro do município.

Em uma leitura mais simples, disse um deles, seria colocar o carro na frente dos bois com o objetivo de desgaste político ao novo prefeito que oficialmente desconhece o que terá pela frente. Ao mesmo tempo, os parlamentares criam um clima de insatisfação na classe artística cultural provocando sintomas de embate com a futura administração.