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Toninho Deliza diz que “estamos colhendo aquilo que foi feito no final do ano”

O presidente do Sincomercio ao se deparar novamente com o setor do varejo de portas baixadas e funcionando apenas o que é considerado comércio essencial, lamenta o momento que estamos vivendo e antecipa novos prejuízos para a classe, além da perda de muitos empregos formais.

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Toninho Deliza, presidente do Sincomercio Araraquara

Nesta sexta-feira (5), logo após o governador de São Paulo João Doria, anunciar que Araraquara está na fase vermelha do Plano São Paulo de combate à pandemia do coronavírus, o Sincomercio (Sindicato do Comércio Varejista) fez publicar imediatamente na página do seu site, uma nota visando orientar os empresários do setor varejista no município sobre as medidas provocadas por um novo decreto estadual. Houve o alerta de que “o comércio de Araraquara deve observar profundamente as restrições da fase vermelha do Plano São Paulo”.

De acordo com a publicação “as empresas do comércio em geral não poderão realizar atendimento presencial ao consumidor (exceto atividades essenciais), mas poderão realizar suas atividades por serviços de entrega (delivery), drive thru e retirada (take away e take out).”

Neste período de pandemia, as empresas podem instituir banco de horas em acordo com seus empregados, conforme Aditamento à Convenção Coletiva de 18/06/2020, bem como conceder intervalo diário para refeição e descanso de, no mínimo 01 (uma) hora e no máximo 02 (duas) horas, de acordo com o Aditamento à Convenção Coletiva de 26/08/2020.

Logo em seguida, o presidente do Sincomercio, Antonio Deliza Neto, disse ao portal RCIA que “é com bastante preocupação que a gente, como diretor de uma entidade, recebe a notícia do retrocesso para a fase vermelha; infelizmente para os negócios isso é muito ruim, a crise vai se agravar enormemente, vamos ter muitos desempregados, pois as empresas estavam começando a se recuperar ou tentando recolocar sua vida em ordem, tendo lucratividade zero, porém sobrevivente; agora, essa fase vermelha vai provocar uma situação ainda mais grave, ainda mais crítica.”

Equilibrado nas suas ponderações, Toninho Deliza ao mesmo tempo analisa que há um outro lado, onde destaca que “temos em contra partida uma situação muito difícil da Saúde Pública, vivendo uma ocupação de leitos muito alta, o que nos leva a conclamar agora que todos nós precisamos fazer a nossa parte”.

“O comércio mais uma vez vai cortar na carne e a gente solicita à população de Araraquara que se preserve, que se cuide, que fique em casa, saia se realmente for necessário, como ir ao supermercado fazer as compras necessárias, pois estamos colhendo aquilo que foi feito no final do ano, isso está mais do que comprovado e se realmente a população não colaborar, com os cuidados necessários no cumprimento dos protocolos da saúde, a situação vai piorar cada vez mais. Então vamos ter que eliminar esses tipos de focos novamente para que a gente possa juntos tentar resolver o nosso problema”, destacou o presidente.

Além de lamentar o momento que é de extrema dificuldade, delicada, Deliza foi bem claro nas suas colocações: “A preocupação da gente é enorme porque além de termos muitos óbitos de pessoas físicas, vamos ter agora muitos óbitos de pessoas jurídicas e de empregos formais que serão perdidos”.