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Trans com nome de batismo e social no RG sofre constrangimento em lotérica

Atendente se recusou a fazer o saque após conferir o documento

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Caso foi registrado no Plantão Policial
Uma mulher transexual de 27 anos disse ter passado por situação constrangedora Indignada com uma situação ocorrida em uma lotérica de Araraquara. Ela registrou um boletim de ocorrência na noite de sexta-feira (28), no Plantão Policial.

Ela explicou na delegacia que possui o nome de batismo e o nome social feminino em seu RG e teria sido humilhada no estabelecimento ao tentar sacar dinheiro no caixa.

De acordo com o registro oficial, ao fornecer seu documento que possui os dois nomes para a realização do saque, a funcionária da lotérica teria se recusado a fazer a operação.

Ela disse que explicou a ela que realmente possuía o nome civil e social em seu RG por sua opção e direito, mas a funcionária não quis efetuar o saque. Ela só conseguiu ser atendida após conversar com o gerente e se deslocou a outro caixa da mesma casa lotérica.

Na delegacia, a vítima alegou ter sofrido crime de transfobia. O caso foi registrado na delegacia como “não criminal”, por não haver lei específica, porém, de acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), os casos de homofobia e transfobia devem ser enquadrados no artigo 20 da Lei do Racismo (7.716/1989).

Nestes casos, se comprovada a autoria depois das devidas apurações, o autor (a) poderá ser punido de um a três anos de prisão. O crime é inafiançável e imprescritível.