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Última audiência sobre o Plano de Mobilidade de Araraquara nesta semana

População poderá participar com sugestões de maneira presencial e online do evento que será realizado na Câmara

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A mobilidade envolve também o transporte coletivo

Na próxima sexta-feira (20), às 18h30, o plenário da Câmara Municipal de Araraquara receberá a terceira e última Audiência Pública sobre o Plano de Mobilidade de Araraquara, que tem o objetivo de concluir a etapa de propostas e planos para o futuro da mobilidade urbana da cidade. O encontro, que visa levar esse debate a toda comunidade, será coordenado pela Controladoria de Mobilidade de Araraquara e pela equipe de técnicos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que realizou o Plano de Mobilidade.

Esta é a etapa final do plano que teve início com a fase de diagnóstico, que envolveu pesquisas contemplando entrevistas com a população sobre seus deslocamentos, contagens de veículos em pontos específicos da malha urbana, além de um amplo conhecimento sobre as condições de mobilidade do município. Os professores responsáveis pelo estudo são Luciana Márcia Gonçalves (doutora em Urbanismo), Thais de Cassia Martinelli Guerreiro (doutora em Engenharia de Transporte), Rochele Amorim Ribeiro (doutora em Mobilidade Urbana) e Edson Melanda (coordenador geral e doutor em Geoprocessamento).

Luciana Márcia Gonçalves explica o próximo passo da iniciativa. “Nas audiências anteriores foram coletadas as propostas da população, assim como foram apresentadas as etapas de pesquisas realizadas. Agora serão apresentadas para debate as propostas de planejamento para os próximos 10 anos, ou seja, o Plano de Mobilidade trata da mobilidade de Araraquara até 2032”, explica.

Ela falou sobre os obstáculos encontrados para se realizar o levantamento. “Esse é um plano muito especial, que superou as dificuldades da fase de coleta de dados em meio a pandemia da Covid-19 e aproveitou a oportunidade para refletir sobre a mobilidade que queremos na nova fase. Ideias como cidade ciclável, mobilidade ativa e cidades para pessoas nortearam as propostas que dão ênfase à estruturação de rotas cicloviárias, ampliação de zonas de pedestres, criação de zonas 30, promoção da segurança viária e interconectividade multimodal”, esclarece Luciana.

O coordenador de Mobilidade Urbana e presidente da Controladoria de Trânsito de Araraquara, Nilson Carneiro, explica que esse plano é um instrumento que todas as prefeituras de municípios com mais de 20 mil habitantes são obrigadas a fazer. “Esse plano prevê um planejamento na área da mobilidade urbana, relativo a transporte por ônibus, relativo a taxi, agora aos aplicativos, relativo a carga e descarga, a segurança dos pedestres, a deslocamento a pé, a áreas de tráfego calmo, entre outras coisas. Tudo vai ser pensado através de pesquisas de origem-destino e uma série de fatores. É um instrumento para planejarmos a cidade dentro de um período previsto de dez anos”, esclarece.

Nilson revela que o atual plano de mobilidade proposto conta com diversas novidades. “No último período, ou seja, do último plano de mobilidade que fizemos para agora, entraram alguns fatores importantes, entre eles o transporte por aplicativo, que teve uma influência de impactação, diminuiu o número de viagens por ônibus e com isso foi preciso colocar a parte de financiamento do transporte público. O volume de motocicletas também aumentou muito no Brasil como um todo. Existe ainda um forte incentivo da utilização da bicicleta e hoje as cidades estão diminuindo alguns locais e espaços para carros, motos, caminhões, e ampliando os espaços para bicicletas. Por isso, o nosso plano de mobilidade criou um planejamento estratégico para a implantação de ciclovias e ciclofaixas na cidade como um todo”, pondera.