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Vereador diz que – mesmo com ‘IPTU dos Mortos’, furtos persistem no “São Bento”

Vereador Rafael de Angeli pressiona a Prefeitura Municipal por medidas contra o vandalismo no local e famílias lamentam os danos causados aos túmulos, além dos furtos de imagens.

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Família lamenta os estragos feitos no túmulo e se sente perplexa com o furto da imagem de Cristo

O Cemitério Municipal São Bento é frequentemente alvo de danos causados por invasões, com casos de furtos de placas e imagens. Por isso, o vereador Rafael de Angeli já realizou diversos questionamentos ao Executivo sobre a problemática apontada. Recentemente, o parlamentar protocolou mais um documento, o Requerimento nº 499/2023, solicitando novos esclarecimentos à Prefeitura.

No documento, o vereador perguntou qual o motivo de não ter sido iniciada a construção do novo muro do cemitério, já que o Executivo havia informado que a obra e a instalação de concertina custariam R$ 1.210.004,06, e que os valores recolhidos com as taxas do cemitério eram de R$ 1.737.949,05.

De acordo com Angeli, a Secretaria Municipal de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública também havia informado que estavam sendo realizadas rondas no interior do cemitério, principalmente no período noturno, pela Guarda Civil Municipal e que foram implantados sistemas de monitoramento no local. “Considerando essas medidas, qual justificativa a Prefeitura apresenta em relação a todas as invasões e furtos que ocorrem diariamente no cemitério?”, questionou o vereador.

Além disso, o parlamentar perguntou qual foi o total arrecadado com serviços funerários no período de 1º de agosto de 2021 até a data de protocolo do requerimento.

“O Cemitério São Bento possui mais de 155 anos de fundação, 11 mil sepulturas e mais de 105 mil inumações. Precisamos entender as origens dos problemas de segurança no local e encontrar soluções viáveis”, concluiu Angeli.

MANIFESTAÇÃO POPULAR

Ainda recentemente o RCIA recebeu mensagem de uma araraquarense que dizia da vandalismo com o túmulo de um familiar e o furto da imagem de Cristo com mais de 50 anos, deixando em todos um sentimento de tristeza profunda.

“Uma cena de profunda tristeza e indignação tomou conta nesta semana, quando o túmulo de uma família foi alvo de vandalismo. O ato covarde resultou no roubo de um Cristo, símbolo de fé e devoção, que adornava o local há mais de 50 anos”, comentava.

Para ela, o túmulo, que representava o descanso eterno dos entes queridos, tornou-se palco de uma ação criminosa que chocou os familiares. O Cristo, com sua imponência e significado religioso, era uma peça venerada pela família e comunidade, carregando consigo um valor emocional incalculável.

Mais adiante cita que a descoberta do vandalismo deixou os familiares abalados e enlutados em uma dor ainda mais profunda. “A imagem sagrada, que testemunhou décadas de luto e orações, foi arrancada de forma violenta, deixando um vazio simbólico e emocional no coração dos parentes”, assegurou.

Em determinado trecho da sua mensagem a mulher lamenta e cita que o sentimento de tristeza que permeia a comunidade é palpável. Os moradores locais, acostumados a visitar o cemitério em momentos de reflexão e homenagens, agora se deparam com uma imagem de desrespeito e violação. Aquele espaço sagrado, que deveria ser um refúgio para a memória dos entes queridos, foi alvo de uma ação que fere os princípios mais básicos de respeito e solidariedade.