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Vereador diz que “prefeitura de Araraquara é a maior imobiliária de vendas do Brasil”

Acusação foi feita em programa jornalístico em rádio da região, assegurando que – tudo que foi construído pelos ex Prefeitos Rubens Cruz, Clodoaldo Medina e Waldemar De Santi está sendo destruído, mal cuidado e dilapidado pela atual administração.

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Lineu Assis compara a Prefeitura a uma Imobiliária bem sucedida

O vereador Lineu Carlos de Assis, durante entrevista ao programa Jornal da Manhã da Jovem Pan de Matão, disse nesta semana que, está havendo dilapidação de preciosos patrimônios do município de Araraquara, sem que se tenha qualquer controle sobre as suas alternativas de uso, ou, nem mesmo, sobre a destinação do dinheiro arrecadado.

Essa afirmação veio logo após o parlamentar ser questionado sobre o projeto que vai autorizar a Prefeitura Municipal a alienar por licitação, um imóvel público municipal desocupado, localizado nos fundos da extinta CTA (Companhia Troleibus Araraquara). Assis não concorda com a decisão do prefeito Edinho Silva abrir mão do imóvel e afirma que – tudo o que foi construído pelos ex Prefeitos Rubens Cruz, Clodoaldo Medina e Waldemar De Santi está sendo destruído, mal cuidado e dilapidado pela atual administração.

Mais adiante o vereador do Podemos faz um apelo aos demais vereadores: “Não podemos permitir que isso continue acontecendo em nossa cidade, em respeito à memória desses homens, que construíram Araraquara e à população, que é a real proprietária desses bens.”

Recentemente o vereador já havia dito que “13 imóveis foram vendidos entre 2017 e 2022, alguns deles, com desconto de até 40% no valor avaliado como o Stand do Tiro de Guerra, o Palmeiras Esporte Clube e o Antigo Hospital Psiquiátrico. Juntos, esses 13 imóveis somam mais de 32 milhões e 600 mil reais”, comentou.

Em tom de denúncia o vereador ressalta que – outros 18 imóveis já estão em fase interna de licitação para a venda (todos já com lei autorizadora), esses 18 arrecadarão, se forem vendidos pelo valor avaliado, mais de 56 milhões de reais. “Ou seja, são 31 imóveis municipais que foram e que ainda serão vendidos, que somam, ao todo, quase 500 mil m² de patrimônio público. Alguns talvez sem uso, outros com uso comunitário e que fazem parte da história de Araraquara como o Pinheirinho, o Campo do Estrela e o Palmeirinha.

Levando em conta investimentos em locações e obras que visam adequar as necessidades dos serviços públicos aos espaços existentes, o vereador chega a perguntar durante a entrevista: ”Essa área da CTA, que está cercada de prédios públicos, não poderia centralizar serviços de atendimento à população? Secretarias? Não poderia ter sido utilizada para a Nova Sede do Corpo de Bombeiros, ao invés de um terreno que nem pertencia à Prefeitura?”

Para o parlamentar, é importante que se pergunte: “Será que foram esgotadas as tentativas de uso desses espaços? Será que realmente não havia interesse público em nenhum desses locais vendidos? Acho muito difícil.”

Na atualidade, há mais de 50 imóveis alugados de terceiros pela Prefeitura, que totalizam 2 milhões e 800 mil aproximadamente, por ano. Eles alugam prédios e deixam os próprios vazios. “Não valeria a pena investirmos esse dinheiro para adequar próprios municipais e utilizá-los para atendimento à população?”, questiona.

No encerramento da entrevista, Lineu Carlos de Assis assegura: “a Prefeitura ainda está sendo investigada pelo Ministério Público pela venda de patrimônios públicos de Araraquara. Estão sendo apurados crimes contra a administração pública, tráfico de influência, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro”.