
“Nós empreendedores, pequenos e médios empresários estamos começando a viver uma crise sem precedentes e com as normas que serão publicadas nesta terça-feira já não vemos luz no fim do túnel”. A manifestação mostrada por um comerciante neste final de semana nas redes sociais demonstra a inquietação da classe que há 84 dias vem enfrentando o maior desafio das suas vidas – o coronavírus.
Se o comércio não abre ou se abre suas portas apenas com medidas extremamente exigentes para evitar a propagação do vírus, praticamente tem o mesmo significado; o que vendemos e recebemos por causa de uma meia-boca mal dá para pagarmos os funcionários.
Se de um lado está a preocupação dos lojistas, donos de bares, restaurantes, lanchonetes e outras atividades consideradas não essenciais que buscam desesperadamente fazer o mínimo de caixa do outro estão as dificuldades para empréstimos barrados pela inadimplência com os impostos que já vem por questões econômicas causadas pela política.
Outro aspecto é a Saúde Pública que se assegura na necessidade de salvar vidas apresentando como tema o isolamento social, item que fez Araraquara regressar às medidas anteriores de um decreto publicado pela Prefeitura Municipal com aval do Comitê de Contingência, em março. Este novo documento que já é do conhecimento público será publicado nesta terça-feira por causa da legalidade.
O ISOLAMENTO
O Comitê de Contingência tem se apegado ao isolamento social para evitar a propagação da doença; esta é a linha-mestra, diz a Secretaria Municipal de Saúde, mas observa-se como a própria Secretária de Saude Eliana Honain, que não há respeito ao isolamento e neste domingo ao publicar os índices de Araraquara – a taxa média de Araraquara é de 41%.
O índice mostrado por Araraquara é o terceiro pior do Estado de São Paulo entre 104 municípios que possuem mais de 70 mil habitantes. O acompanhamento é medido pelo SIMI – Sistema de Monitoramento Inteligente criado pelo Governo do Estado para monitorar a circulação das pessoas fora de suas casas.
OS VINTES PIORES MUNICÍPIOS EM ISOLAMENTO

Araraquara só não consegue ser pior que Presidente Prudente e Araçatuba que apresentam taxa de 39%. Nem mesmo nos fins de semana o araraquarense leva a sério a permanência em suas casas o que poderia melhorar essa média. Com isso os reflexos da circulação acabam impedindo o avanço para a reabertura total das atividades comerciais na cidade.