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Avanço do coronavírus faz dólar atingir R$ 4,46 pela primeira vez na história

Corretora Commcor diz que continuidade da forte aversão ao risco são manchetes apontando que China e Coréia do Sul teriam registrado alarmantes índices de novos casos da doença

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O dólar comercial opera esta quinta-feira, 27, em alta frente ao real desde a abertura dos negócios, após a moeda norte-americana romper o patamar inédito de R$ 4,46, ainda refletindo o viés de proteção e contínua aversão ao risco em meio ao avanço do coronavírus por países fora da Ásia.

Às 9h48 de Brasília, a moeda norte-americana operava em alta de 0,20% no mercado à vista, cotada a R$ 4,460 para venda, depois de renovar máxima histórica durante o pregão pela sexta sessão seguida a R$ 4,465 (+0,31%). O contrato para março subia 0,16%, a R$ 4,459.

Nem as tentativas do Banco Central (BC) de colocar US$ 1,5 bilhão no mercado por meio de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – impede a valorização do câmbio. Diante disso, a moeda opera valorizada pela sétima sessão seguida.

Os analistas da corretora Commcor avaliam que o pano de fundo para a continuidade da forte aversão ao risco lá fora são manchetes apontando que China e Coréia do Sul teriam registrado alarmantes índices de novos casos da doença, o que mostra a realidade de que a disseminação do vírus pode se tornar uma pandemia.

Em meio à tantas dúvidas sobre a disseminação do coronavírus, o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, ressalta que a única certeza que existe no momento é que o vírus deve trazer consequências macroeconômicas ainda não mensuradas.

“Até mesmo pela perspectiva ainda não precificada da reação chinesa aos eventos. Porém, as preocupações regionais agora devem dominar o cenário”, pondera.