Criadas para refletir os custos de produção de energia elétrica, as bandeiras tarifárias aparecem de tempos em tempos nas contas de luz dos lares brasileiros. Formuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL, as diferentes cores das bandeiras sinalizam cada uma das diferentes situações que podem ou não encarecer a conta no final.
Criadas em 2015, as bandeiras tarifárias tentam de alguma forma repassar os custos de produção de energia elétrica em tempos quando ela não é favorável. De certa forma, as bandeiras tarifárias também conscientizam a população sobre a importância da economia de energia, principalmente em épocas de escassez de chuvas.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE BANDEIRAS TARIFÁRIAS?
As bandeiras tarifárias se dividem em quatros níveis ou cores: verde, amarelo e vermelho patamar 1 e 2. Essa divisão é em ordem crescente de custos, sendo a cor verde a de adicional zero na conta de luz. Ou seja, representa o estado onde as condições de geração de energia são ótimas e seu custo é baixo.
A BANDEIRA TARIFÁRIA SERVE COMO ALERTA PARA O CONSUMIDOR
Segundo a própria ANEEL, “ao saber do valor adicional antes do início do mês, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”. Por conta disso, a Agência sempre anuncia com antecedência quaisquer mudanças nas bandeiras tarifárias, que geralmente acompanham os períodos de seca nos reservatórios das hidrelétricas, principais fontes de geração de energia elétrica no Brasil.
A QUEM O AUMENTO AFETA
O aumento na tarifa serve tanto para os lares brasileiros como também para o comércio e a indústria. Só não entram na conta os chamados consumidores do mercado livre de energia, isto é, empresas como indústrias e shoppings centers, que negociam os preços diretamente com a geradora. Isso ficou estabelecido a partir de janeiro de 2024. Antes disso, o mercado livre de energia somente abrangia consumidores de mais de 500 kW.
QUAL O ACRÉSCIMO NA CONTA DE LUZ?
Depois da bandeira verde, cujo acréscimo na conta é zero, está a bandeira amarela. A bandeira amarela já começa a apontar para uma possível escassez de recursos para a geração de energia elétrica, como um começo de esvaziamento dos reservatórios. O acréscimo na conta é da ordem de R$ 1,88 para cada 100 kilowatt/hora. Em julho de 2024, foi estabelecida a bandeira amarela, após um período de mais de dois anos sem reajuste.
Já a bandeira vermelha patamar 1 gera um acréscimo de R$ 4,46 para cada 100 kW/h. A última vez que o governo recorreu à bandeira vermelha foi em agosto de 2021, em meio a uma grave crise hídrica. Neste mesmo ano, uma nova tarifa foi criada de maneira excepcional, a de “escassez hídrica”, mais cara até mesmo que a bandeira vermelha de patamar 2. Esta, por sua vez, gera um acréscimo de R$ 7,87 para cada 100 kW/h.
MANEIRAS DE COMO ECONOMIZAR ENERGIA ELÉTRICA
A partir de setembro deste ano, a bandeira vermelha de patamar 1 foi posta para os consumidores. Portanto, é importante se atentar a maneiras de como economizar energia elétrica para não pagar mais caro na conta. Racionar o uso do chuveiro elétrico, por exemplo, é um bom começo, já que este é um dos grandes vilões da conta de luz.
Outra maneira de economizar é procurar não utilizar muitos eletrodomésticos na hora de pico, ou seja, entre 18h e 21h. Entre os que gastam mais energia, estão, além do chuveiro, air-fryer, micro-ondas e ar-condicionado. Além disso, optar por maneiras alternativas de geração de energia, como a adoção de energia solar, pode ser uma maneira interessante de driblar as tarifas.