A Embraer colocou nessa segunda-feira (6) cerca de 16 mil trabalhadores de todas unidades da companhia no país em férias coletivas. Em recesso desde o fim de dezembro, os funcionários da empresa devem voltar ao trabalho no dia 21 de janeiro.
A medida, que já havia sido anunciada em outubro de 2019, faz parte de uma reestruturação interna da fabricante para separação da área comercial da aviação executiva e defesa.
A Embraer negocia com a Boeing a criação de uma joint venture que englobará o braço de aviação comercial da fabricante brasileira. O negócio ainda depende do aval de órgãos como a Comissão Europeia e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
As férias coletivas atingem 16 mil empregados no país, mas a principal mudança é o remanejamento de 2,5 mil empregados da unidade Faria Lima, a maior da empresa em São José dos Campos, para um prédio reestruturado da companhia em Eugênio de Melo, distrito da cidade. O local onde trabalham 1,5 mil empregados vai passar a ter 4 mil.
As unidades que terão a produção parada por causa das férias coletivas são cinco no Vale do Paraíba, em Sorocaba, Gavião Peixoto, Botucatu, Campinas, Belo Horizonte e Florianópolis.
Na prática, após o retorno dos funcionários, com a segregação da área comercial, o setor já vai operar com sistemas independentes e com efetivo dedicado ao futuro novo negócio, que ainda depende de aprovação de órgão internacionais. A expectativa é que o acordo seja concluído neste ano.
Por nota, a Embraer confirmou o período de férias coletivas “com o objetivo de implementar a segregação interna do negócio de aviação comercial da companhia, o qual permanecerá integralmente na Embraer até a obtenção de todas as aprovações das autoridades concorrenciais”.
A empresa ainda acrescentou que manterá os acionistas e o mercado informados sobre a negociação com a Boeing.