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País tem 12,8 milhões de pessoas sem emprego, diz IBGE

O nível de ocupação foi estimado em 53,5% no trimestre até março deste ano, ante 53,9% no trimestre até março de 2019

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O contingente de inativos aumentou 3,1% em março deste ano ante março do ano passado

O Brasil tinha 12,850 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em março deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior: há menos 537 mil desempregados ante março de 2019, o equivalente a um recuo de 4,0%. Em relação a dezembro de 2019, houve aumento de 1,218 milhão de desempregados, uma alta de 10,5%.

O total de ocupados cresceu 0,4% no trimestre encerrado em março de 2020 ante o trimestre terminado em março de 2019, o equivalente a 360 mil pessoas a mais trabalhando, para uma população de 92,223 milhões de ocupados. Em relação ao trimestre até dezembro de 2019, porém, a ocupação recuou 2,5%, 2,329 milhões de pessoas a menos.

Como consequência, a taxa de desemprego passou de 12,7% no trimestre até março de 2019 para 12,2% no trimestre encerrado em março de 2020. No trimestre até dezembro do ano passado, a taxa de desemprego estava em 11,0%.

O contingente de inativos aumentou 3,1% em março deste ano ante março do ano passado, 2,031 milhões de pessoas a mais nessa condição. Em apenas um trimestre, a população inativa teve um salto de 1,851 milhão de pessoas a mais, alta de 2,8%.

O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,5% no trimestre até março deste ano, ante 53,9% no trimestre até março de 2019. No trimestre até dezembro de 2019, o nível de ocupação era de 55,1%.

MASSA SALARIAL

A massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 3,211 bilhões no período de um ano, para R$ 216,290 bilhões, uma alta de 1,5% no trimestre encerrado em março de 2020 em relação ao mesmo período de 2019.

Na comparação com o trimestre terminado em dezembro de 2019, a massa de renda real encolheu 1,3%, com R$ 2,882 bilhões a menos. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve alta de 0,8% na comparação com o trimestre até dezembro, R$ 20 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em março do ano passado, a renda média subiu 1,1%, para R$ 2.398.

INFORMALIDADE

A taxa de informalidade atingiu 39,9% da população ocupada, representando um contingente de 36,8 milhões de trabalhadores informais.

No trimestre móvel anterior, essa taxa havia sido 41% e no mesmo trimestre do ano anterior, 40,8%.

O contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado (11,0 milhões de pessoas) caiu 7% (menos 832 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e permaneceu estável comparado ao primeiro trimestre de 2019.

O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,2 milhões de pessoas, com queda de 1,6% em relação ao último trimestre de 2019 e alta de 1,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2019.

Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 33,1 milhões, uma queda de 1,7% ante o trimestre anterior e ficou estável ante o primeiro trimestre de 2019.