
O preço médio do etanol, gasolina, diesel e gás de cozinha registraram ligeiras quedas entre março e abril de 2025 em São Paulo, como aponta análise do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara baseada em dados da Agência Nacional do Petróleo. A avaliação estadual foi produzida após a ANP reduzir o número de cidades que tinham preços pesquisados individualmente, o que impactou Araraquara.
ANÁLISE DIRECIONADA
Etanol hidratado
Preços médios mensais: segundo dados da ANP, o etanol hidratado teve preço médio em São Paulo em torno de R$ 4,30/L no período. Por exemplo, na semana de 23 a 29 de março, o preço médio de revenda estava em R$ 4,32/L; em abril situou-se perto de R$ 4,28/L (semana 30/03 a 05/04); e em maio ficou em torno de R$ 4,28 e 4,29/L (semana 04/05 a 10/05).
Esses valores ilustram médias semanais que apontam preços estáveis em cerca de R$ 4,3/L. De forma geral, o estado de São Paulo é o maior produtor e consumidor de etanol do país, com significativa demanda veicular.
Produção e consumo: Relatório da ANP destaca que, na safra 2024/25, o volume de etanol hidratado vendido pelas usinas paulistas cresceu 23,7% em relação à safra anterior. Isso indica expansão da produção estadual, com o elevado consumo de etanol no estado acompanhando seu perfil de consumidor automotivo e uso em mistura de combustíveis.
Gasolina comum
Preços médios mensais: os preços da gasolina comum em SP ficaram em torno de R$ 6,30/L no período de março a maio. Por exemplo, ANP registrou R$ 6,32/L na semana de 23/03 a 29/03. Em abril, os preços oscilaram pouco, mantendo-se na faixa de R$ 6,31 e 6,33/L. Em maio houve ligeira tendência de queda, atingindo cerca de R$ 6,28/L na semana entre os dias 04/05 e 10/05, e R$ 6,27/L na semana entre os dias 25/05 e 31/05. Esses dados refletem médias semanais coletadas pela ANP no estado. Em geral, o volume consumido no estado corresponde à grande frota de veículos.
Produção e consumo: a gasolina vendida em SP provém principalmente de refinarias (como a de Paulínia) e importações. São Paulo não produz petróleo bruto em quantidade relevante, portanto, não há produção local de gasolina além do refino.
Diesel S10 (óleo diesel comum)
Preços médios mensais: os preços do diesel em SP também oscilaram nesse intervalo, caindo de aproximadamente R$ 6,40/L em março para cerca de R$ 6,20/L em maio. A ANP registrou R$ 6,40/L na semana de 23 a 29/03. Em abril, o preço situou-se em torno de R$ 6,33 e 6,38/L, e R$ 6,33 na semana de 06 a 12/04. Em maio, houve redução para aproximadamente R$ 6,19/L na semana de 04 a 10/05 e R$ 6,06/L na semana de 25 a 31/05. Isso reflete a queda gradual no preço médio de revenda do diesel observada no período.
Produção e consumo: São Paulo conta com refinaria de Paulínia, que produz derivados, mas não há produção local de petróleo bruto. Parte do diesel usado no estado é produzido localmente e parte importada. O consumo de diesel em SP acompanha a forte atividade logística e industrial da região.
GLP P-13 (gás de cozinha)
Preços médios mensais: os preços do botijão de 13 kg de GLP em São Paulo ficaram na faixa de R$ 107 a 109 no período. A ANP apurou valores de R$ 107,75/13kg na semana de 23 a 29/03 e R$ 107,50 na semana de 30/03 a 05/04. Em maio os preços subiram levemente, alcançando R$ 108,01/13kg na semana de 04 a 10/05 e R$ 108,97 na semana de 25 a 31/05. Esses são valores médios semanais de revenda (botijões). Em geral, o GLP tem demanda elevada no estado (um dos maiores consumidores nacionais).
Produção e consumo: São Paulo não produz GLP (este é derivado do refino de petróleo), sendo totalmente dependente da distribuição interestadual. O consumo do GLP P-13 aqui destina-se sobretudo a uso residencial e comercial.
Já no mercado internacional, o preço do petróleo oscilou ao longo de período. O preço do barril Brent (FOB) iniciou março em US$ 72,85, alcançou seu pico em US$ 77,78 no dia 01 de abril, mas fechou em US$ 64,32 no último dia do mês de maio, de acordo com as cotações divulgadas pelo Ipeadata.
Coordenação de pesquisa: Elton Casagrande | Pesquisadores: Maria Clara Kirsch Junqueira e Bruno H. Camacho